segunda-feira, 17 de abril de 2000

brazil 500

Desde o seu descobrimento durante 322 anos, o Brasil foi só explorado pelos portugueses, franceses e espanhóis, que com interesses econômicos, roubaram muitas riquezas levando-as para seus países. Nesse período, o negro foi a peça fundamental que impulsionou a economia colonial, principalmente no cultivo da cana-de-açucar.

É oportuno lembrar que, até 1889, o Brasil viveu sob o regime monárquico, onde o direito de governar e o exercício do poder eram um privilégio herdado de pai para filho.

A independência durou quase dois séculos, e, após o seu fim, o Brasil foi proclamado República por Deodoro da Fonseca, regime democrático que visa igualar todos os homens, permitindo assim a todo cidadão ocupar os mais elevados cargos no cenário político.

A República é ainda a forma de governo que pode oferecer terreno mais propício para o alastramento das virtudes da justiça, igualdade e liberdade. Em 1993, por eleição direta, a maioria dos brasileiros decidiu pelo sistema presidencialista, regime republicano, o qual hoje apresenta ser o mais vantajoso, pois nele todos tem o dever de eleger um representante através do voto.

Diante de tal sistema governamental, hoje é indiferente a situação verificada na época do descobrimento. A exploração não assume a mesma forma, contudo, mascarada vai corrompendo a cultura e a dignidade formada ao longo dos anos. Negar a existência da exploração na sociedade atual é admitir sem olhar para os lados, um país perfeito, com justiça e sem desigualdades de ordem econômica ou social.

Porém, cada vez mais as classes dominadas estão se organizando a fim de garantir na realidade os direitos preconizados na última Carta Magna. Que validade tem uma constituição, onde estão garantidos uma gama de conquistas, das quais a maioria não sai do papel? 500 anos de história. Que país é esse? Por que gastar fortunas com a festa do descobrimento, sabendo que nesse instante alguém está morrendo de fome em algum lugar deste pobre país?

Gente, não temos nada o que comemorar diante de tantos erros e omissões ao longo desses cinco séculos. Ainda não somos um país desenvolvido. Daqui há muitos anos quem sabe, poderemos nos orgulhar ao cantar o hino nacional hasteando a bandeira que ostenta a legenda Ordem e Progresso!



Edição 080 - Abril de 2000.

terça-feira, 4 de abril de 2000

25 DE ABRIL - DIA DO CONTABILISTA

A responsabilidade é um critério que deve sobrepor os demais ao se trabalhar com o patrimônio alheio.

A profissão contábil é bastante antiga. Pesquisas dão conta que há mais de 8 mil anos já se faziam registros do patrimônio, oriundos da necessidade de controlá-lo.

Hoje, por força legal, é indispensável às empresas a presença da figura do contabilista, que pode ser um contador ou técnico em contabilidade. No entanto, ainda existem usuários dos seus serviços que não perceberam quão importante é sua influência no resultado da sua entidade.

Mudou-se o perfil do profissional contabilista. Ele jamais ater-se-á ao lançamento de débitos e créditos, muito menos com a preocupação em fechar um balanço - como em tempos passados - , essa tarefa agora é atribuída aos computadores. Deve ter uma inclinação maior ás rotinas administrativas, de gerenciamento auxiliar do seu cliente.

Independente de qualquer profissão, é preciso se qualificar. Conhecer sobre informática, falar uma língua estrangeira e possuir formação superior são atributos básicos. E sem que vejamos, novas profissões surgem todo dia, e aquelas que estão no mercado obsoletas pela tecnologia, tendem a se extinguir. Assim, fica difícil prever se o que virá daqui a três anos, utilizará o mesmo conhecimento retido por nós hoje.

Além da profissão que exerce, o contabilista é, ou deveria ser, um eterno estudante. Ele tem que estar sempre bem informado porque, além de tudo, necessita manipular os números para revelar, com os pés no chão, a verdade acerca da situação da empresa.

O maior paradigma que este profissional enfrenta é o de atender prontamente o fisco. Nessa preocupação, a informação gerencial fica em segundo plano, e nem sempre é possível esperar.

Por outro lado, a legislação que regulamenta a base da escrituração contábil está passando por uma reavaliação no legislativo federal, pois é de 1976, e desde então houveram significativas mudanças na sociedade que manifestaram a necessidade de adaptar a lei à nova realidade.

Além destas inovações, em breve entrará em vigor uma decisão do Conselho Federal de Contabilidade que visa qualificar recém formados ao adquirir o registro no mesmo para exercer a profissão, e uma reciclagem periódica para aqueles já atuantes.

O progresso da classe contábil está condicionado a especialização dos profissionais principalmente na área das ciências humanas, visto que, as exatas eles já detém com maior eficiência.

Contabilista, reflita a passagem desta data. Que todos os reconheçam pelo talento, e não tão somente pela obrigatoriedade da declaração do Imposto de Renda, cujo prazo encerra fim do mês. O futuro continuará a lançar desafios, contudo, são através deles que somente poderão provar a vossa incontestável capacidade. Parabéns!

Edição 079 - Abril de 2000.