sábado, 5 de dezembro de 1998

UNIVERSIDADE & MERCADO DE TRABALHO

Valorizar o elemento humano pelo conhecimento, aperfeiçoar as habilidades e reciclar a fim de acompanhar as mudanças, é o que os especialistas recomendam.

Todos os paradigmas estabelecidos por certos costumes somente podem ser quebrados ao ampliarmos nossa visão da universidade e o mercado de trabalho. Que importância tem o diploma após a formação, sem o real conhecimento? O mercado impõe certas regras para a reciclagem dos profissionais, da instrução à cultura. E o conhecimento é indispensável, principalmente com aperfeiçoamento.

Atualmente os universitários representam cerca de apenas 6% dos estudantes brasileiros. Nós, que estamos nas cadeiras da universidade, temos esse privilégio. Somos raros, por isso valorizados - como diz a teoria. O mercado deveria corresponder, porém não podemos esquecer a atual conjuntura econômica e social que assola o país e tende a se agravar. Por isso o mercado não dá o feed-back necessário. Inclusive porque nós não aproveitamos o máximo do que dispomos, deixando de praticar todos os conceitos anteriormente desprezados.

Assim, o acadêmico ou profissional já formado não obtém êxito em sua carreira, pois está desprovido de suas capacidades. Há muitos profissionais desqualificados que o mercado de trabalho omite. Aí eles percebem que 5 anos de faculdade foram praticamente em vão, ainda competindo em nível de ensino médio.

Por isso, hoje há carência de bons profissionais, atualizados. A tecnologia está substituindo a mão de obra que está gradualmente se degradando. A globalização, principalmente para as empresa, é um sério problema, mas para as quais se negarem em aceitá-la.

Individualmente, o que mais conta num funcionário é o conhecimento. Ele nunca foi tão valorizado quanto hoje. Quem detém esse fator tem mais informação a acrescentar em sua empresa; isso é que faz a grande diferença.

O estudo é de grande importância, porém, o que necessita ser feito é aplicá-lo em prol da sociedade. E o mercado de trabalho não está aceitando a formação simples e restrita das universidades. Dessa forma, o que resta é ter cautela e persistência. Talvez uma mudança no ensino a nível de país é preciso, contudo isso é um processo que levará décadas para surtir bons efeitos.


Edição 049 - Dezembro de 1998.