domingo, 14 de março de 1999

O DESEMPREGO NO MERCOSUL

O desemprego é a principal preocupação da sociedade brasileira. Nunca foi tão alta a sua taxa, que está em 8% no país, e isso é reconhecido.

As demissões, que eram a primeira medida imediata de diminuir custos, hoje é o último recurso utilizado. Após cortar várias outras despesas, desfazem-se da mão-de-obra qualificada.

De certa forma, o Brasil poderia imitar da Europa uma unificação de moeda. Como fazemos parte do bloco econômico Mercosul, isso seria possível, pois recuperaria nossa economia, que a anos freou. Está nos acordos iniciais do Mercosul, a eliminação de barreiras comerciais entre os países-membros, inclusive isenção de taxas ou qualquer outros impostos sobre produtos e serviços oriundos e usofruidos pelo bloco. Mas isso está longe de ser realidade ainda.

Não só o Brasil luta contra o desemprego. Todos os países-membros tem seus entraves, embora uns mais, outros menos. E todos dependem de uma negociação entre si para começar a agir. Isso é uma questão política, e a economia é sua subordinada.

No momento que as economias começarem a se expandir, mesmo com atraso de alguns meses, é porque algo foi feito no passado para isso acontecer.

O emprego somente aumentará se houver crescimento econômico. Para tal é necessário a união entre os países do Cone Sul.

Não vai ser buscando ajuda financeira ao FMI que resolverá por definitivo o problema. A curto prazo até poderia suavizá-lo, sim. Porém, ainda devemos ficar de observação no câmbio, que gradualmente vai tirando o real valor da nossa moeda.


Edição 055 - Março de 1999.

terça-feira, 2 de março de 1999

NOSSA MOEDA É REAL?

Somente o crescimento econômico trará a solução definitiva.

Convivemos com um momento onde é grande a concorrência entre as empresas, com a entrada de produtos e serviços de fora. O dinheiro está curto para todos; os salários andam congelados. Diante desse quadro, qualquer despesa que possa ser cortada é comemorada com êxito.

A economia está praticamente parada frente essa situação. Não há geração de empregos, pois as indústrias não dispõe de recursos, em virtude da política fiscal que corrompem as receitas.

O recuo das empresas brasileiras tem como causa primária o aumento dos encargos sociais e a entrada de capitais privados estrangeiros que bloqueiam a produtividade e o crescimento, ocasionando a redução de custos e despesas através de cortes no quadro de pessoal.

É difícil inverter esse panorama. O que pode ser feito é amortecer os impactos e tentar impedir que o desemprego se amplie. Isso seria uma medida preliminar necessária.

Em segundo plano o que também poderá resolver será repensar a legislação trabalhista. A atualização das leis poderão tornar mais fáceis as negociações entre patrão, empregado e sindicato, permitindo contratos menos burocráticos e onerosos. Assim as normas tornar-se-ão mais eficazes.


Edição 054 - Março de 1999.