sábado, 15 de julho de 2000

UM AGRADÁVEL AMBIENTE DE COMÉRCIO

Nenhum meio de comunicação ou avanço tecnológico teve tanto impacto na cultura da humanidade como a internet. Nem a revolução industrial causou tanto impacto e se espalhou rapidamente.

A internet foi, sem dúvida, o marco do século que vai. Estatísticas dão conta que existem aproximadamente 7 milhões de websites, contra 2,7 mil há cinco anos.

Nesse contexto, o Brasil ainda tem muito a conquistar. Os usuários da rede mundial resumem-se em menos de 3% da população, contra 49 e 48% de islandeses e americanos, respectivamente, que desfrutam dessa tecnologia. Os brasileiros, contudo, ficam entre os mais criativos na web.

No entanto, fica complicado controlar tudo o que acontece nesse mundo virtual, principalmente quando existe atos de comércio. Atualmente não há nenhuma legislação, seja orientadora, ou punitiva para a comercialização através da rede. Os sites brasileiros de comércio eletrônico, hoje já movimentam mais de 120 milhões de reais anuais.

Além disso, as invasões virtuais que crescem a cada dia, ficam muito distantes da punidade, pela falta de diplomas legais de regulamentação e inclusive pela incapacidade de rastreamento dos invasores.

Mas o que mais preocupa os órgãos do governo é o comércio, pois ele gera arrecadação. Como tributar as operações é um problema que não existe solução até agora.

Enquanto muitos 'representantes do povo' preocupam-se em como escapar das CPIs, por outro lado deixam de apontar soluções para um caso que tende a se expandir ao longo do tempo. E as medidas necessárias para combater a sonegação fiscal virtual tem que ser muito eficientes, além de serem constantemente atualizadas, porque sempre vão ficar falhas, nas quais os 'experts' aproveitar-se-ão para continuar a prática da evasão fiscal, mais fácil num ambiente menos fiscalizado.


Edição 086 - Julho de 2000.

Nenhum comentário: