sábado, 14 de abril de 2001

UNIVERSIDADE & MERCADO DE TRABALHO

Valorizar o elemento humano pelo conhecimento, aperfeiçoar as habilidades e reciclar a fim de acompanhar as mudanças, é o que os especialistas recomendam.

Todos os paradigmas estabelecidos por certos costumes somente podem ser quebrados ao ampliarmos nossa visão da universidade e o mercado de trabalho. Que importância tem o diploma após a formação, sem o real conhecimento? O mercado impõe certas regras para a reciclagem dos profissionais, da instrução à cultura. E o conhecimento é indispensável, principalmente com aperfeiçoamento.

Atualmente os universitários representam cerca de apenas 6% dos estudantes brasileiros. Nós, que estamos nas cadeiras da universidade, temos esse privilégio. Somos raros, por isso valorizados - como diz a teoria. O mercado deveria corresponder, porém não podemos esquecer a atual conjuntura econômica e social que assola o país e tende a se agravar. Por isso o mercado não dá o feed-back necessário. Inclusive porque nós não aproveitamos o máximo do que dispomos, deixando de praticar todos os conceitos anteriormente desprezados.

Assim, o acadêmico ou profissional já formado não obtém êxito em sua carreira, pois está desprovido de suas capacidades. Há muitos profissionais desqualificados que o mercado de trabalho omite. Aí eles percebem que 5 anos de faculdade foram praticamente em vão, ainda competindo em nível de ensino médio.

Por isso, hoje há carência de bons profissionais, atualizados. A tecnologia está substituindo a mão de obra que está gradualmente se degradando. A globalização, principalmente para as empresa, é um sério problema, mas para as quais se negarem em aceitá-la.

Individualmente, o que mais conta num funcionário é o conhecimento. Ele nunca foi tão valorizado quanto hoje. Quem detém esse fator tem mais informação a acrescentar em sua empresa; isso é que faz a grande diferença.

O estudo é de grande importância, porém, o que necessita ser feito é aplicá-lo em prol da sociedade. E o mercado de trabalho não está aceitando a formação simples e restrita das universidades. Dessa forma, o que resta é ter cautela e persistência. Talvez uma mudança no ensino a nível de país é preciso, contudo isso é um processo que levará décadas para surtir bons efeitos.

Edição 103 - Abril de 2001.

quinta-feira, 5 de abril de 2001

EM BUSCA DA CONTABILIDADE CRIATIVA

Contabilidade não se faz com o único objetivo em atender o fisco ou cumprir leis. Além disto, a contabilidade tem o propósito de gerar informações para suprir as necessidades de decisões.

Os princípios contábeis hoje seguidos, tem suas origens voltadas na época em que o homem sentiu a necessidade de controlar seus bens. No entanto, os meios se aprimoraram com o passar do tempo.

Atualmente a contabilidade moderna, além de atender os diplomas legais, traz informações suplementares necessárias à gestão.

Na realidade não é a contabilidade que é moderna ou criativa, mas sim, aqueles profissionais que assim agem, valorizando-se diante dos paradoxos sustentados pelo círculo gerencial da empresa.

Com isso, nos inserimos no contexto administrativo da ciência contábil. Planejar, controlar e avaliar são ações que a contabilidade adequada contempla diante de equipes cuja vocação se assemelha á isso.

A dedicação, a incessante busca do conhecimento e a competência aliadas à experiência reservam ao profissional um presente brilhante, reconhecido pela empresa como uma peça de fundamental utilidade.

Muito se fala sobre exigências qualitativas básicas em empresas e há ainda os que acham que isso é ultrapassado. Se nem as qualidades mais simples como a honestidade ou criatividade são levadas em consideração, é preocupante imaginar, como as empresas querem se manter. A atenção a estas simples qualificações, coadunadas, demandam a qualquer instante na certeza de ter pessoas ideais a colaborar.

A nova gerência contábil, entretanto, não exige mestres em burocracia, mas seres dotados de capacidades que façam reviver a contabilidade aprendida através de conceitos em bancos escolares.

A ciência contábil moderna deve preparar informações que sirvam ao gerenciamento e simultaneamente ao fisco, e não preocupar-se somente com possíveis fiscalizações, deixando enfraquecido o lado real ou gerencial. Sabemos que isto é difícil, onde empresas inseridas numa cultura fiscal refratária, dificilmente vão entender que não haverá outra saída, senão fazer o uso correto e proveitoso da contabilidade.

Edição 102 - Abril de 2001.