terça-feira, 5 de dezembro de 2000

FAIXA DE INSEGURANÇA

A melhoria no trânsito depende exclusivamente da qualidade dos veículos e da boa formação dos condutores.

A questão trânsito resume-se em duas situações hoje existentes: o problema do tráfego lento em determinados horários e a omissão pelos condutores, das leis de trânsito vigentes.

O crescimento das cidades é um dos fatores que com o passar dos anos ocasionou maior demanda de veículos. Outro agravante, que se verifica nas ruas é a falta de educação de alguns motoristas com os pedestres. Estes, tem que parar diante da faixa, dando preferência aos veículos, para não correr risco.

Os problemas de trânsito, no entanto, em certas cidades, são menores, tendo em vista que a boa conduta prevalece. O respeito às normas e aos direitos de outras pessoas são condições que se estabelecem nos bons cidadãos, consequentemente nos bons motoristas.

Com a nova legislação em vigor, a quase dois anos, tem se verificado um certo comprometimento com a responsabilidade que envolve o condutor, sendo que as punições são mais severas.

O código de trânsito exige que o cidadão ao obter a habilitação seja instruído sobre assuntos gerais, desde meio ambiente até primeiros socorros. Estes cursos, entre outros, são de natureza obrigatória e indispensável para a sua reeducação social. Nada mais certo do que qualificar o sujeito, moldando sua consciência individual com a importância da sua segurança e de todos.

Soluções primárias como esta são o começo para reeducar a população que usa meios de transporte. O infrator tem que sentir 'no bolso' seu erro e com isso mudar sua atitude.

Direitos e deveres são iguais para todos, pedestres, condutores e meio ambiente. Agindo certo ninguém sairá perdendo.



Edição 094 - Dezembro de 2000.

sexta-feira, 3 de novembro de 2000

VOCÊ ESTÁ SEGURO?

Nas empresas que usam a tecnologia e querem proteger seus dados, a segurança está sendo tratada como investimento principal.

Com o aumento das tecnologias de aplicações via web, como consultas on-line diretamente em bases de dados originais, a segurança se tornou tão fundamental quanto possuir tal serviço.

Nas organizações modernas, no entanto, a necessidade de segurança não significa a existência da mesma. A proteção dos dados, maior riqueza das empresas, está ficando de lado.

Problemas com a falta de segurança são facilmente notados pela identificação de vírus, ataques por hackers e, principalmente a inexperiência de alguns usuários (os que agem inconscientemente) e maldade de outros, por vontade própria. Os principais causadores de ataques a sistemas são os usuários que usam indevidamente ou erroneamente as ferramentas dos aplicativos, motivados pelo excesso de curiosidade.

Esquecer de fazer um backup diário, por exemplo, pode causar transtornos mais sérios do que constantes contaminações por vírus. A conscientização dos usuários é fator fundamental para atingir bons padrões de segurança.

Quando o assunto segurança é tratado em ambiente de rede, como a própria internet, fica cada vez mais difícil fazer a proteção a fim de manter a integridade dos dados.

Empresas de grande porte estão direcionando parcelas maiores para investimentos em ambiente eletrônico, e para manter as informações disponíveis.

A criação de políticas de segurança reforçada é necessário, quando se fala em redes externas.

Ainda há muito trabalho a fazer, pois são poucas empresas que zelam por seus dados. Precisam criar o hábito de, pelo menos, fazer cópias de segurança e guardá-las em local distante e seguro.

Uma coisa é certa, quanto mais a empresa usa a tecnologia, a um risco maior ela está se expondo. E precisa estar certa de que vai ser atacada de alguma forma ou de outra a qualquer momento.

Independente do modelo de segurança adotado, tem que ter em mente que nunca tudo estará 100% seguro, lamentavelmente. E a informação é uma vacina tão poderosa quanto qualquer outro programa de segurança.



Edição 092 - Novembro de 2000.

sábado, 14 de outubro de 2000

S.O.S. MEIO AMBIENTE

O meio ambiente clama por ajuda. Vamos garantir o futuro dele, para que nossos descendentes possam apreciá-lo na sua uniformidade.

Um dos setores de maior notação na economia nacional é, sem dúvida, a agricultura.

Ela vem desenvolvendo técnicas em ritmo acelerado. Está cada vez mais intensiva, dependente mais de máquinas, irrigação e produtos químicos, cuja finalidade é obter maior produtividade, com menos mão-de-obra e custo.

Apesar do avanço das técnicas de cultivo do solo, da genética vegetal e controle de pragas, tem-se comprovado que tal evolução causa muitos problemas para o meio ambiente e ao homem.

Dentre eles, podemos destacar os mais prejudiciais como a degradação do solo, cuja dimensão é bastante grande, verificada pelas erosões que levam uma camada rica em minerais orgânicos.

A poluição por fertilizantes, embora os agricultores tenham plena consciência disto, continua contaminando os lençóis d’água, pondo em risco os seres vivos que dela dependem.

E um grande problema, já conhecido pelas organizações mundiais, é a provável escassez da água potável em breve. Ela é tirada do solo mais rápido do que pode ser reposta naturalmente. E o mais interessante é que um grande volume é desperdiçado. Desse jeito, a agricultura encontra mais dificuldades para atender a demanda urbana.

A questão da agricultura geneticamente modificada - os produtos transgênicos - mesmo com a principal vantagem da resistência à pestes, pode por em risco a nossa saúde.

A composição genética passa a não ser mais natural, mas artificial, porque é objeto de modificação pelo homem.

A tecnologia da qual a agricultura se usa, não pode, em momento algum, causar malefícios a ninguém. Mas, pelo que se presencia, resultam em conseqüências drásticas ao nosso planeta.

Ecologistas descontentes com este ‘progresso’ defendem a idéia da adoção de novas práticas de cultivo, ou seja, voltar às velhas formas de trabalhar a terra. Deverá, portanto, causar menos estragos ao meio ambiente. Nasce então um novo problema: como convencer os que utilizam modernas técnicas, a voltar décadas no passado, sabendo-se que os interesses econômicos são mais relevantes dos ambientais e ecológicos.


Edição 091 - Outubro de 2000.

terça-feira, 3 de outubro de 2000

VOTO CONSCIENTE, DEMOCRACIA EXERCIDA

O sistema democrático dá ao povo muitos privilégios. O cidadão é a peça chave, que tem o direito e o dever de eleger seus representantes. A democracia fundamenta-se na igualdade de classes, ou seja, um país sem classes, onde o governo é exercido indiretamente pelo povo pelos políticos.

E eles estavam em todos lugares de Concórdia tentando agradar a todos. Depois de anos ausentes, aparecem do nada para conquistar o povo. Fazem de conta que se interessam por problemas sociais. Foi novamente o mesmo teatro que assistimos dos candidatos políticos em outras vezes.

Jingles do tipo 'vote consciente, vote no Vicente' podem até ajudar a lembrar o eleitor, mas é uma estratégia prá lá de ridícula.

Nessas épocas, antes da eleição, os candidatos se misturam com o povão. Mesmo contra a vontade - mas pensando só no voto - eles participam de almoços, jantas e festividades em lugares que nunca costumavam freqüentar.

Diante de tanta evidência, tolo é quem se deixou iludir por tais atos. Mesmo uma pessoa pouco alfabetizada faria distinção entre aqueles que só querem tirar proveito.

Além disso, existe um meio ilegal para conseguir mais alguns votos nos últimos dias, ainda indecisos. É uma prática condenada pela justiça eleitoral e pelos bons costumes. A compra de votos pode comprometer a trajetória do candidato. Infelizmente, essa é a que mais acontece. Outra forma, por exemplo, as promessas de emprego também são usuais, embora não prevista nas punições legais da legislação.

Algumas destas colocações se anulariam se o voto fosse facultativo. Talvez menos da metade da população habilitada a votar, compareceria às urnas.

Formou-se uma ideologia negativa sobre os candidatos políticos. Mas também, não há eleitor que agüente tanta promessa, em horário nobre, gratuito!

As pesquisas de opinião podem servir de instrumento de manipulação, tentando mostrar através de amostragens geralmente baixas, uma realidade do momento. Há quem ainda escolhe o candidato que está liderando nas pesquisas apenas para dizer que o seu ganhou. Um absurdo.

É isso que faz a falta de cultura. E os erros dos institutos de pesquisa são inacreditáveis.

Portanto, agora devemos avaliar se agirmos com consciência e responsabilidade. Não podemos cobrar boa conduta se colocarmos pessoas sem ela, pois também nos cabe uma parcela de culpa. O que importa é quem escolheu certo, ganhando ou perdendo estará certamente vivendo em plena democracia.

Edição 091 - Outubro de 2000. (texto censurado pelo jornal)

sexta-feira, 15 de setembro de 2000

O ENSINO SUPERIOR COMO FORMADOR DE PROFISSIONAIS

Na realidade que nos encontramos, seria melhor se houvesse a distinção entre o estudante, e o trabalhador estudante.

Com a alta qualificação exigida, poucos estudantes recém formados conseguem acompanhar as significativas mudanças nos diversos setores da sociedade, ao egressarem da universidade.

O perfil da universidade brasileira despreza a condição de existência do trabalhador estudante, diferente do estudante, considerando todos os cursos dentro de uma mesma norma. Temos uma universidade de controle, com listas de presenças e avaliações periódicas.

A criação da universidade que ofereça condições adaptáveis aos acadêmicos que trabalham, representaria uma verdadeira revolução cultural. Existe alguma instituição de ensino que faça distinção destes tipos de aprendizes?

Esperamos que o futuro reserve transformações que vão influenciar o ensino superior. Apossados de ferramentas que aumentam nossa bagagem cultural, buscando incessantemente o conhecimento e o aperfeiçoamento profissional, garantiremos serviços de qualidade num futuro que já estamos inseridos.

E, em quase todas as profissões, a interferência das transformações estão redirecionando o trabalho para áreas mais nobres. A profissão é somente uma faceta do ser humano. Ajuda a completá-lo e é, por isso mesmo, necessária. Confundir a profissão com o ser humano, no entanto, é como achar que o soldado nada mais é que a farda.

As gerações atuais já entram na universidade com olhos de cifrão, e é assim mesmo que vêem o mundo. Querem um mapa que os leve ao sucesso profissional. Lamentavelmente, quando se fala de valores, são remetidos mais ao pregão da bolsa do que ao comportamento ético a ser praticado.

Para formar lideranças nacionais, as universidades precisam investir muito mais na discussão e na formação de uma base valorativa capaz de neutralizar o profissionalismo auto-suficiente.

O homem precisa de bem mais do que um conjunto de técnicas, métodos, ou fórmulas; a vida só vale a pena ser vivida se tiver a busca da verdade. O compromisso educacional, neste sentido, está muito além do profissionalismo.

Não para a escola, mas para a vida aprendemos. ‘Tirar’ nota boa não significa necessariamente que o desempenho no trabalho vai ser igual. O objetivo maior dos cursos superiores deveria ser a formação de empreendedores, geradores de emprego, não de empregados bem teorizados.

Projetos reais poderiam ser alimentados do início ao fim dos cursos.

É necessário repensar a sistemática do ensino superior. Diante dos novos conceitos de administração, mercado de trabalho e empregabilidade, é provável que só repensar ainda não seja o suficiente. Para haver melhoria, deve-se trabalhar mais o lado do estudante, fazendo com que ele se interesse mais em aprender, não apenas em obter notas que falsamente mensuram seu potencial.

Edição 090 - Setembro de 2000.

quarta-feira, 6 de setembro de 2000

NOVOS PARADIGMAS PARA UMA ANTIGA QUESTÃO

O problema não é a falta de tempo, mas a melhor maneira de como utilizá-lo.

As empresas, apesar de todos os recursos naturais existentes, dependem diretamente de duas possibilidades de progresso: o tempo e o intelectual.

O primeiro é precioso, pois está cada vez mais raro. E o intelectual, provavelmente nunca exploraremos toda sua capacidade. Os dois recursos são, indiscutivelmente, a base do potencial, resultando em talento empresarial, ou simplesmente sucesso.

O equilíbrio entre a administração do tempo e o uso da inteligência gera um desafio de mudança num contexto de competitividade e qualidade.

Pecamos quando acreditamos possuir tempo suficiente para fazer tudo. Jogamos nosso precioso tempo fora e economizamos idéias. É por isso que sentimos dificuldade de alterar processos e mudar velhos paradigmas. Somos limitados, inclusive, pelo padrões atuais.

Os dois recursos aliados, podem mudar o futuro das organizações. Os neurônios podem maximizar o uso do tempo. Contudo, esperamos que o tempo resolva nossos problemas e esquecemos de agir.

O mercado ainda, comercializa o tempo, não as idéias. As empresas nos contratam pela nossa capacidade, entretanto, administram nosso tempo. Querem saber a que horas chegamos, quando saímos. Chegam a pagar por horas extras que possamos lhes oferecer. Mensuram nosso tempo, mas não nossas idéias. Preocupam-se se você chegar meia hora mais tarde, mas não dão-se de conta que economizam a abundância das nossas idéias.

Não temos tanto tempo para vender. E sabemos que não usamos mais de 10% da nossa capacidade mental, inclusive estamos cientes que não utilizamos 100% do expediente para produzir.

Todas organizações sabem que lhes interessa mais os neurônios do que o tempo dos seus colaboradores. O que provoca resultados é o bom aproveitamento das idéias, da criatividade, em curto lapso temporal.

Empresas quebram por falta de idéias, mas continuam a gastar milhões na compra do tempo dos seus funcionários. São poucas as que valorizam, com horários flexíveis, equipes virtuais, trabalho em casa, conferências on-line, etc. É a nova realidade que vai permitir reformular a estrutura organizacional.

E como o tempo está cada vez mais escasso, a agilidade é o lema que vai imperar na nova administração. Portanto, as idéias são o diferencial que vai conservar a posição da empresa frente à competitividade.

Quem contrata tempo tem pessoas à disposição; quem contrata neurônios tem a superação das metas.


Texto adaptado e fragmentado

Edição 089 - Setembro de 2000.

quinta-feira, 10 de agosto de 2000

O INÍCIO, O FIM E O MEIO

"Tudo o que eu quero da vida é descobrir o segredo dela". Raul Seixas

Há 11 anos, o Brasil perdia uma personalidade artística bastante cultuada nas raras apresentações nos últimos tempos. O baiano Raul Seixas, aos 44 anos, já havia decifrado o segredo do universo. Afirmava: "minha existência caminha muitos anos à frente do meu corpo." Pensava que para preencher a existência era "necessário seguir e acreditar em alguma coisa que possa acalmar o absurdo da vida."

Cada dia aumenta mais o número de pessoas que pertencem a um grupo ideológico denominado sarcasticamente de raulseixismo, definição derivada do próprio nome. Orgulhava-se de dizer em público que não pertencia a nenhuma classe ou grupo. Tinha sua própria linha. E isso enriquecia seu espírito, que nunca se curvou diante de qualquer autoridade sistêmica.

Projetou-se no cenário nacional em 1972, mas sua trajetória iniciou-se desde 1957 pelo interior da Bahia. Dividiu idéias com o misterioso escritor Paulo Coelho, embasando suas composições num universo em que Deus o e Diabo, o bem e o mal, o amor e a guerra ocupam o mesmo nível. Estava convencido que eram criações humanas.

Inteligente, usou a música como um meio (ou arma, como ele preferia dizer) de propagar seu pensamento. Musicou poemas que hoje ainda estão guardados no velho baú, censurados. O maior desejo era publicar todos os seus escritos, além, é claro, de ser eterno. Numa letra declarava ser o moleque maravilhoso que "nunca comete pequenos erros enquanto pode causar terremotos." Com o microfone na mão era muito perigoso. Perturbou o sistema político e alegrou a sociedade com suas melodias que atingiam todas as classes. Era um escritor por excelência, ator por desejo e compositor por raiva.

O raulseixismo é uma filosofia que evidencia bem a liberdade como centro do Ser. "Sua vida , seu único bem, só pertence a você. Faça dela o que quiser."

Acreditou firme durante toda sua curta passagem pela terra. Nos duros anos do regime militar, abusou, cutucou o monstro Sist com vara curta. Acabou sendo expulso do país, em 1974, acusado de subversão contra a ditadura Geisel, por projetar a criação de uma sociedade com total liberdade.

No auge da carreira definiu as bases de uma sociedade que valorizaria o indivíduo. O sonho da Sociedade Alternativa não saia da sua cabeça. Não era nenhuma cidade maravilhosa, mas uma restruturação do ser humano com base nos ensinamentos que Aleyster Crowley, o gurú das sociedade ocultas, escreveu no Livro da Lei (The book of the law). A máxima da organização é: "Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei", literalmente.

Leu a Bíblia Cristã várias vezes. Bhagavad-Gita, a Bíblia indú, ele leu três vezes. Estudou direito, psicologia, e filosofia, além de falar fluente o inglês americano. Aos 14 anos foi ao psiquiatra pela primeira vez. Pertenceu a sociedades esotéricas. Casou-se cinco vezes. Sobre a vida, costumava citar nas entrevistas: "Deus é o que me falta para compreender o que eu não compreendo."

Gostava de viver ao seu jeito. Intitulou-se a própria metamorfose ambulante, o maluco beleza, a mosca na sopa que veio para abusar. Através da música expôs seu ponto de vista sobre a humanidade.

Enfim, concluiu que na Bíblia, no Bhagavad-Gita, no Livro da Lei, ou em qualquer outro lugar, o único objetivo do homem passa a ser a sua própria e real felicidade. Parece que Raul encontrou em algum lugar o segredo da vida. Filosofou a sua história sozinho, mas com a companhia de milhares de fãs dividiu sua loucura. "Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio."

Raul, ao contrário do que muitos conhecem, não foi só um cantor de rock' n roll. Ele serviu de exemplo. Não deixou ninguém intervir na sua privacidade. Mostrou a vontade verdadeira, com a qual se deve lutar a fim de obter realização pessoal e profissional. Não acumulou patrimônio, mas a maior riqueza que deixou foi a certeza de que nunca se vence uma guerra lutando sozinho, e que para ser feliz é somente seguir a voz do coração, sem permitir da gente uma falsa conclusão.

Edição 088 - Agosto de 2000.

QUE FUTURO É ESTE?

A vida é uma coleção de momentos. O mundo precisa ser mais do que simples humanos. Necessitamos mostrar as nossas virtudes que são vitais para a convivência social. Devemos não apenas passar pela história, mas fazer a nossa própria história. Muitos sentimentos passam despercebidos na maior parte do tempo.

Na década de 70, os movimentos estudantis estampavam na face dos jovens que contestavam o sistema, a vontade interior; pareciam querer mover montanhas. Lutaram muito porque eles tinham o desejo de mudar. É inadmissível que depois de muitos anos, os frutos da nossa futura sociedade são hoje, pessoas fracas de espírito e personalidade. Certamente deixamos de valorizar no nosso interior.

O futuro chegou e com ele veio algo que neutralizou aquela Vida que existia no interior das pessoas. O ruim disso é que sabemos sobre o que se passa, mas pior é para quem não sabe. Se não fazemos nada além do trivial, como mudar? Você deve ser aquele indivíduo que mostra - embora conheça a dificuldade em alguém ouvi-lo - a formação que seu pai lhe deu, os valores que o seu avô lhe ensinou! Você pensa em discordar, mas no fundo a voz da consciência o convence.

A tecnologia nos trouxe vantagens e desvantagens. E sem personalidade, nada vale os privilégios que a modernidade nos deu. Está na hora de fazer uma avaliação individual sobre os fatos que tomam nosso precioso tempo, e nos fazem dependentes do estresse físico e emocional. E aos poucos, vai engolindo nossa cultura que resgata os mais puros valore morais.

Se isso acontecer, os momentos que compõe a vida não poderão ser chamados de história por nossos descendentes.

Edição 088 - Agosto de 2000.

terça-feira, 1 de agosto de 2000

INVENTÁRIO DE ATIVOS

Principalmente para empresas industriais, o controle dos ativos fixos que representam a maioria dos bens tangíveis, é uma rotina de importância reconhecida pela administração.

Conhecer o custo correto da desvalorização destes bens, implica certamente em possuir um bom controle, além de um inventário bem sucedido, que forneça com exatidão as variações periódicas.

A auditoria nesta área não é muito comum, todavia, em organizações de grande porte se faz necessária, tendo em vista a comprovação da inexistência de divergências sobre os ativos.

E quando os ativos não são fixos, ou seja, resumem-se na avaliação da capacidade de cada de cada pessoa, torna-se mais trabalhoso fazer o levantamento ou o cálculo do seu valor individual.

Inventariar o ativo intelectual das empresas é uma meta que deve fazer parte de todo bom administrador. Hoje, além dos ativos tradicionais (máquinas, móveis, utensílios, etc.) tem-se a preocupação em saber qual é o valor ou nível do conhecimento dos integrantes da organização empresarial.

Atribuir cifras ao potencial individual não é tarefa para nenhuma pessoa que diz ser o gerente ou chefe de alguém. Para mensurar tal capacidade não se atribui a mesma técnica igual a dos bens móveis: o inventário anual; mas um acompanhamento constante. Nessa análise, deve ser praticada a auto-avaliação, de forma consciente mostrará as reais competências.

Lamentavelmente, estes ativos - intelectuais - não estão sendo valorizados o suficiente. A empresa que quiser se sobressair terá que, obrigatoriamente, investir mais na qualificação dos seus funcionários, mas lembrando sempre que, ao mesmo tempo, deverá cobrar um retorno ou simplesmente submetê-los a avaliações de suas tarefas.

O intelectual está sendo gradativamente valorizado nas empresas que já perceberam aonde está o verdadeiro capital.



Edição 087 - Agosto de 2000.

sábado, 15 de julho de 2000

UM AGRADÁVEL AMBIENTE DE COMÉRCIO

Nenhum meio de comunicação ou avanço tecnológico teve tanto impacto na cultura da humanidade como a internet. Nem a revolução industrial causou tanto impacto e se espalhou rapidamente.

A internet foi, sem dúvida, o marco do século que vai. Estatísticas dão conta que existem aproximadamente 7 milhões de websites, contra 2,7 mil há cinco anos.

Nesse contexto, o Brasil ainda tem muito a conquistar. Os usuários da rede mundial resumem-se em menos de 3% da população, contra 49 e 48% de islandeses e americanos, respectivamente, que desfrutam dessa tecnologia. Os brasileiros, contudo, ficam entre os mais criativos na web.

No entanto, fica complicado controlar tudo o que acontece nesse mundo virtual, principalmente quando existe atos de comércio. Atualmente não há nenhuma legislação, seja orientadora, ou punitiva para a comercialização através da rede. Os sites brasileiros de comércio eletrônico, hoje já movimentam mais de 120 milhões de reais anuais.

Além disso, as invasões virtuais que crescem a cada dia, ficam muito distantes da punidade, pela falta de diplomas legais de regulamentação e inclusive pela incapacidade de rastreamento dos invasores.

Mas o que mais preocupa os órgãos do governo é o comércio, pois ele gera arrecadação. Como tributar as operações é um problema que não existe solução até agora.

Enquanto muitos 'representantes do povo' preocupam-se em como escapar das CPIs, por outro lado deixam de apontar soluções para um caso que tende a se expandir ao longo do tempo. E as medidas necessárias para combater a sonegação fiscal virtual tem que ser muito eficientes, além de serem constantemente atualizadas, porque sempre vão ficar falhas, nas quais os 'experts' aproveitar-se-ão para continuar a prática da evasão fiscal, mais fácil num ambiente menos fiscalizado.


Edição 086 - Julho de 2000.

domingo, 2 de julho de 2000

O SER INTELIGENTE

A ação inteligente se define quando surge uma nova situação para resolver, que requer capacidade e velocidade.

O comportamento eficiente na solução dos problemas é forçado pela prática da inteligência. Ela se revela sob várias óticas, da consciente à inconsciente.

A primeira se constitui na simples e pura utilização da lógica para o despertar das idéias. Na inteligência inconsciente, a solução dos fatos não é encontrada pelo raciocínio, mas pela intuição que brota involuntariamente do subconsciente.

O grau de variabilidade da inteligência é desigual nos indivíduos. Assim, para uns, ‘dar um tempo’ é o melhor diagnóstico para encarar um problema; já outros tem personalidade mais inquieta e preferem seguir seus impulsos momentâneos.

Durante a nossa vida, conforme a esfera de nossas relações, temos que encarar novas situações e obstáculos, desviar dificuldades e provocar reações que se equilibram com as necessidades ou não.

Portanto, a ação inteligente decorre da nossa necessidade inédita de obter soluções do cotidiano, levando o homem a atender as suas necessidades vitais.

Quanto maior for a ambição do ser humano, mais grande será o nível de inteligência requerido para atendê-la.

Em particular, cada pessoa atinge um estágio diferente, porque não é igual a vida e os fins desejados por dois seres humanos. A capacidade de um advogado poderá ser relativamente pequena frente a um construtor civil, pois há uma divergência ao se comparar os objetivos pelos quais ambos trabalham.

Isto reforça o pensamento de que todos são inteligentes nas funções que ocupam e requerem diferentes níveis de conhecimento, na proporção das necessidades de cada um.

Edição 085 - Julho de 2000.

domingo, 4 de junho de 2000

O PERÍODO CRÍTICO DA AGRICULTURA FAMILIAR

O estímulo à agricultura têm sido nos últimos anos vergonhoso. Mesmo concedendo reduções de impostos na atividade agrícola, o governo, lamentavelmente, não está sabendo administra-la de forma correta.

Tentar recuperar este segmento da economia nacional que vinha crescendo razoável, é trabalhoso. A agricultura demanda um acompanhamento a longo prazo para notar as suas variações.

O que ela precisa, não á de leis que alteram impostos, mas de recursos financeiros. O financiamento das safras permitem mais investimentos, resultando em colheitas maiores. Mas a realidade é que os recursos (que são nossos) não estão sendo colocados à disposição para os bancos concederem empréstimos.

O país importa grãos que a economia inteira tem perfeitas condições para produzir. O clima favorece e existem muitas áreas não ocupadas ainda, em poder de grandes proprietários, à espera da sempre falada reforma agrária.

No passado, além de recursos disponíveis, havia inclusive, o subsídio, que incentivava esta atividade a crescer.

O desinteresse pelo governo em beneficiar o setor primário, hoje vêm se revelando pelos êxodos rurais, que batem recordes, e pela miséria em alguns estados mais ‘esquecidos’. Isso tudo, tem causado pela falta de autoridade na destinação de verbas, ou seja, pouca reciprocidade. Aqueles impostos arrecadados na exploração agrícola, não são repassados para se reinvestir nela.

Infelizmente a população urbana tende a aumentar em virtude da descapitalização da propriedade rural, exaustão de recursos naturais e altos custos de produção, não financiáveis. Famílias migram para a cidade passando necessidades e se arriscando na busca de uma melhor vida.

A capacidade de produção agrícola está ficando enfraquecida, incapaz de gerar renda e empregos. Será cada vez mais árduo estabelecer um padrão de vida aceitável. Esta situação poderá se agravar, caso as questões atuais se projetarem para o futuro.


Edição 084 - Junho de 2000.

segunda-feira, 15 de maio de 2000

'MEGAHERTZ' LOGO FARÁ PARTE DO PASSADO

Fala-se muito ainda em Megahertz (MHz), velocidade do processamento (em ciclos por segundo) do chip eletrônico responsável pela rapidez dos computadores.

Com o avanço da tecnologia eletrônica, hoje já existem (embora não no Brasil) computadores super potentes com microprocessadores que processam 1 bilhão de instruções por segundo (1 GHz). Isso é uma marca histórica para a ciência da computação. E os fabricantes, devido a forte concorrência, pretendem chegar aos 1,8 Gigahertz até o final do ano.

Frente a estas projeções otimistas, temos que admitir que a velocidade num micro não é tudo. Levar em conta o conjunto de hardware - componentes físicos da máquina - como a memória, o disco rígido, as placas, etc. são indispensáveis para que haja uma boa performance, principalmente no ambiente on-line, onde o Modem e a conexão estabelecida imperam sobre eles.

O preço da nova tecnologia, entretanto, fica bastante salgado: US$ 3 mil, pois trata-se de produto importado. Mas com o crescimento natural da demanda e o lançamento de equipamentos melhores, logo os valores deverão cair e se estabelecerem ao patamar nacional. Hoje, por exemplo, um micro de 500 MHz custa o mesmo que há dois anos pagou-se por um de 100 MHz.

Em 1971, a velocidade do processador atingiu a marca espantosa dos 108 KHz (Quilohertz). O grande avanço deu-se na década de 80, quando foi lançado o "286", capaz de trabalhar a 12,5 MHz!

Num curto lapso temporal, passamos da era do quilohertz para a do gigahertz com comunicação instantânea.

Portanto, quem não tiver condições de ter um bom equipamento que suporte as últimas versões de softwares básicos, ficará impedido de gozar as maravilhas do mundo contemporâneo virtual.

Edição 082 - Maio de 2000.

terça-feira, 2 de maio de 2000

TRABALHAR É PRECISO

Considera-se o trabalho uma das coisas mais importantes para a sociedade. 'O trabalho dignifica o homem'. Este é um provérbio tão antigo quanto a sua origem. É com ele que o homem constrói seus inventos, apoiado no seu conhecimento, para buscar a realização profissional.

Em épocas e classes sociais diferentes o trabalho já foi exaltado ou desprezado. Até considerado pelo catolicismo como uma penitência. Sempre aparecem novas táticas para utilizá-lo como fonte de riqueza, mas para o mais forte, não para o trabalhador. Mas será que vivemos para trabalhar? Não teria outra maneira de existir senão pelo trabalho? Enquanto não estamos dormindo, estamos em atividade! Parece que o dia tem menos de 24 horas.

No entanto, a valorização excessiva do trabalho já foi criticada, pelo acúmulo de capital e a submissão dos trabalhadores pelos patrões um pouco antes da Revolução Industrial no século XVIII. Com ela surge então o capitalismo, voltado para o crescimento econômico. A partir disso, o homem ficou um pouco mais livre, graças as máquinas que absorveram grandes atividades.

Antes disso, o trabalho escravo era considerado natural e, sobretudo, necessário. Ninguém lutava pela liberdade por medo da morte. Operários, trabalhavam até 18 horas por dia, uma forma desumana de sobreviver.

Com o crescimento expansionista da indústria, os trabalhadores foram percebendo que juntos poderiam reivindicar pelas más condições em que se encontravam. Foi assim que culminou, em 1890, as articulações da classe atingida pela repressão dos capitalistas dominantes. Em 1.º de maio foi aprovada a lei que reconhecia alguns dos direitos que hoje conhecemos.

Salário mínimo, aposentadoria e jornada de 8 horas diárias, hoje, certamente são os direitos que mais precisam ser revistos ou reconquistados, porque estão sendo aviltados sem quase ninguém perceber.

Considerando estas citações, podemos notar que toda a evolução do trabalho ainda é mínima. No Brasil ainda existem pessoas cujos serviços se assemelham ao dos escravos. Crianças que trabalham nas carvoarias, canaviais e outros ofícios árduos para a idade que têm, se obrigam a isso para abrandar a satisfação das necessidades da família. Isto é conquista de direitos?

O trabalho, segundo definição doutrinária, deve propiciar inclusive o lazer e diversão, além é claro de uma remuneração cujos princípios devam atender as necessidades básicas de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. Para muitas pessoas, isso parece estar longe da realidade. O dia internacional do trabalhador é para refletir o quanto espaço temos à conquistar ainda, e não de comemorar o que no passado foi feito.


Edição 081 - Maio de 2000.

segunda-feira, 17 de abril de 2000

brazil 500

Desde o seu descobrimento durante 322 anos, o Brasil foi só explorado pelos portugueses, franceses e espanhóis, que com interesses econômicos, roubaram muitas riquezas levando-as para seus países. Nesse período, o negro foi a peça fundamental que impulsionou a economia colonial, principalmente no cultivo da cana-de-açucar.

É oportuno lembrar que, até 1889, o Brasil viveu sob o regime monárquico, onde o direito de governar e o exercício do poder eram um privilégio herdado de pai para filho.

A independência durou quase dois séculos, e, após o seu fim, o Brasil foi proclamado República por Deodoro da Fonseca, regime democrático que visa igualar todos os homens, permitindo assim a todo cidadão ocupar os mais elevados cargos no cenário político.

A República é ainda a forma de governo que pode oferecer terreno mais propício para o alastramento das virtudes da justiça, igualdade e liberdade. Em 1993, por eleição direta, a maioria dos brasileiros decidiu pelo sistema presidencialista, regime republicano, o qual hoje apresenta ser o mais vantajoso, pois nele todos tem o dever de eleger um representante através do voto.

Diante de tal sistema governamental, hoje é indiferente a situação verificada na época do descobrimento. A exploração não assume a mesma forma, contudo, mascarada vai corrompendo a cultura e a dignidade formada ao longo dos anos. Negar a existência da exploração na sociedade atual é admitir sem olhar para os lados, um país perfeito, com justiça e sem desigualdades de ordem econômica ou social.

Porém, cada vez mais as classes dominadas estão se organizando a fim de garantir na realidade os direitos preconizados na última Carta Magna. Que validade tem uma constituição, onde estão garantidos uma gama de conquistas, das quais a maioria não sai do papel? 500 anos de história. Que país é esse? Por que gastar fortunas com a festa do descobrimento, sabendo que nesse instante alguém está morrendo de fome em algum lugar deste pobre país?

Gente, não temos nada o que comemorar diante de tantos erros e omissões ao longo desses cinco séculos. Ainda não somos um país desenvolvido. Daqui há muitos anos quem sabe, poderemos nos orgulhar ao cantar o hino nacional hasteando a bandeira que ostenta a legenda Ordem e Progresso!



Edição 080 - Abril de 2000.

terça-feira, 4 de abril de 2000

25 DE ABRIL - DIA DO CONTABILISTA

A responsabilidade é um critério que deve sobrepor os demais ao se trabalhar com o patrimônio alheio.

A profissão contábil é bastante antiga. Pesquisas dão conta que há mais de 8 mil anos já se faziam registros do patrimônio, oriundos da necessidade de controlá-lo.

Hoje, por força legal, é indispensável às empresas a presença da figura do contabilista, que pode ser um contador ou técnico em contabilidade. No entanto, ainda existem usuários dos seus serviços que não perceberam quão importante é sua influência no resultado da sua entidade.

Mudou-se o perfil do profissional contabilista. Ele jamais ater-se-á ao lançamento de débitos e créditos, muito menos com a preocupação em fechar um balanço - como em tempos passados - , essa tarefa agora é atribuída aos computadores. Deve ter uma inclinação maior ás rotinas administrativas, de gerenciamento auxiliar do seu cliente.

Independente de qualquer profissão, é preciso se qualificar. Conhecer sobre informática, falar uma língua estrangeira e possuir formação superior são atributos básicos. E sem que vejamos, novas profissões surgem todo dia, e aquelas que estão no mercado obsoletas pela tecnologia, tendem a se extinguir. Assim, fica difícil prever se o que virá daqui a três anos, utilizará o mesmo conhecimento retido por nós hoje.

Além da profissão que exerce, o contabilista é, ou deveria ser, um eterno estudante. Ele tem que estar sempre bem informado porque, além de tudo, necessita manipular os números para revelar, com os pés no chão, a verdade acerca da situação da empresa.

O maior paradigma que este profissional enfrenta é o de atender prontamente o fisco. Nessa preocupação, a informação gerencial fica em segundo plano, e nem sempre é possível esperar.

Por outro lado, a legislação que regulamenta a base da escrituração contábil está passando por uma reavaliação no legislativo federal, pois é de 1976, e desde então houveram significativas mudanças na sociedade que manifestaram a necessidade de adaptar a lei à nova realidade.

Além destas inovações, em breve entrará em vigor uma decisão do Conselho Federal de Contabilidade que visa qualificar recém formados ao adquirir o registro no mesmo para exercer a profissão, e uma reciclagem periódica para aqueles já atuantes.

O progresso da classe contábil está condicionado a especialização dos profissionais principalmente na área das ciências humanas, visto que, as exatas eles já detém com maior eficiência.

Contabilista, reflita a passagem desta data. Que todos os reconheçam pelo talento, e não tão somente pela obrigatoriedade da declaração do Imposto de Renda, cujo prazo encerra fim do mês. O futuro continuará a lançar desafios, contudo, são através deles que somente poderão provar a vossa incontestável capacidade. Parabéns!

Edição 079 - Abril de 2000.

sábado, 18 de março de 2000

FLUINDO INFORMAÇÕES

Vivemos numa sociedade automatizada e com um volume grande de informações, talvez seja imensurável. A Revolução Industrial iniciou o processo d mecanização, mas foi somente após as guerras mundiais que houve o alastramento e foi dado importância à informação.

Hoje, a comunicação global é quase instantânea. O homem sequer sabia que iria chegar a tal ponto. Diante de sua grandeza, a Internet tem enorme poder. Contudo, se não a utilizarmos, de nada vale dispor desse meio.

A partir da informação primária temos que transformá-la em conhecimento para então agregar valor e por em ação para gerar poder.

Na empresa, a boa informação faz a diferença. Aliás, não existe má informação, a pior é aquela que não se tem.

Preservar funcionários dotados de segurança no trabalho é o que se procura, e que exista um fluxo de informações correntes e todos entendam o que está sendo comunicado, porém não mais de cima para baixo, dentro de hierarquias, e sim num plano horizontal onde haja o compartilhamento do conhecimento individual para o todo. O acúmulo para si, afim de evitar a perda do poder, bloqueia a atividade individual, não permitindo que a pessoa progrida.

No entanto, muito pouco tem sido feito pela qualidade das informações. Em primeiro lugar deveria se fazer uso constante dela e, posteriormente usar em grupos para difundi-la.

Na falta de informações o administrador pode tomar uma decisão precipitada e arrasar aquele belíssimo resultado conseguido durante anos de esforços. Já de posse de dados seguros, a empresa pode valorizar a responsabilidade pelo resguardo de informações através da reversão das melhorias alcançadas para os funcionários em forma de bonificação.

Buscar informação e fazer dela o melhor uso, de forma rápida e objetiva é que se espera daqui para frente. Nosso aprimoramento é constante, portanto, na órbita em que estamos, desperdiçar qualquer informação, é a mesma coisa que perder dinheiro!



Edição 078 - Março de 2000.

sexta-feira, 3 de março de 2000

UMA BREVE ANÁLISE DA CRISE BRASILEIRA

No Brasil, a crise sempre existiu. Ela teve início há mais de trinta anos, com a dívida externa e a inflação como corrosivo do valor real do nosso dinheiro. Após dez anos do seu início, foi cortado a rolagem da dívida, fazendo com que houvesse emissão de moeda sem contrapartida em produtos. Se tínhamos em circulação cem ‘dinheiros’ para uma soma de bens produzidos de noventa, dez era a inflação. Assim o país entrou em recessão, e daí por diante não foi mais possível ajustar o compromisso de pagamento da dívida.

Nesse longo período pôde-se medir o crescimento na nação através da capacidade de se sobressair. As empresas projetaram um cenário negro com o objetivo de sobrevivência, no passado. Inclusive, as ‘imaginações’ feitas pêlos mais renomados economistas, assombram o mundo todo de uma vez.

Hoje, quem está no mercado são aquelas empresas que se debateram em épocas avarentas, mas guarnecidas de espírito de vitória. Sabiam que ao passar por ‘tempestades’ iriam navegar por águas calmas. Foram as que usaram a criatividade, não esperando uma solução vinda ‘de cima’. A própria sociedade buscou soluções para a crise.

Uma das formas de neutralizar os efeitos da crise é a adoção de uma sociedade cooperativa, objetivando desempenhar em benefício comum, determinada atividade econômica. Existem muitas outras saídas.

Contudo, as dimensões e definições de crise variam de pessoa para pessoa, de empresa para empresa, muda de acordo com o ângulo de que se observa. Pode-se afirmar que grande parte dela é produzida mentalmente, e é possível ser banida a qualquer tempo.

A crise maior que afeta a humanidade é, no entanto, a falta de sensibilidade por parte do homem com seu semelhante e o que lhe cerca; a ausência de reciprocidade. Estamos mais para uma crise psico-mental do que material. Já ouviram dizer que algum dia não havia crise? Que tudo andava às mil maravilhas?

Estamos, sem que seja por nossa culpa, num período turbulento da história humana. Isso porque houve e continuará os progressos infindáveis em certas áreas. Certos, podemos afirmar, entretanto, que com cri$e se cresce.



Edição 077 - Março de 2000.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2000

A TERCEIRIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO

Um dos maiores achados da administração privada, neste fim de século, é a terceirização, desde que realizada com cautela e permanente supervisão do contratante.

Sua aplicação no Brasil é particularmente bem vinda, tendo em vista o arcaico, irracional e anacrônico Sistema Tributário Nacional. Noutras palavras, a terceirização é indispensável para as empresas brasileiras que pretendem ser modernas e bem administradas.

A utilização de mão-de-obra sem vínculo, é sem dúvida, uma das melhores saídas. A redução de custo é sempre um desafio, principalmente para uma empresa brasileira. As dificuldades para cortar despesas, no entanto, ainda são grandes.

Basta lembrar que o Brasil centraliza, aproximadamente, sessenta impostos, cujo somatório eqüivale a cerca de 30% do PIB, uma das maiores cargas tributárias do mundo.

A terceirização também desempenha papel fundamental na indispensável busca de qualidade pelas empresas.

Um grande desafio está em não terceirizar áreas estratégicas, mas apenas aquelas que não integram o núcleo dos negócios.

Se usada corretamente, a terceirização não representa risco para as empresas ou para o trabalhador.

Terceirizar é uma das criações da administração moderna que demandam maior vigilância e atenção. É necessário que ela seja exercida por mão-de-obra treinada especificamente para cada tarefa, resultando numa integração profunda entre ambas as partes.

A Terceirização é um dos principais instrumentos competitivos de que se pode dispor.

Desde que usada corretamente, ela não representa nenhum risco. Ao contrário, é antes de tudo uma forma de sobrevivência.



Edição 075 - Fevereiro de 2000.

domingo, 16 de janeiro de 2000

RECOMEÇANDO PELO PRÓPRIO HOMEM

Depois de tantas comemorações na virada do ano, que causou muita expectativa, é agora um momento de recomeço. Más previsões, graças a Deus, não aconteceram.

Diante disso, é importante até mudar nossa consciência sobre o mundo que nos cerca. Nos aproximamos do novo século, de um novo milênio que promete mudar o rumo da humanidade. A Era de Aquárius está chegando, e suas características apontam para um tempo de paz entre os povos nunca visto antes.

Já não é mais possível aceitar tantos erros no mundo. A sociedade mudou muito nestes dois mil anos após a passagem de Jesus Cristo pela terra.

Estamos cometendo um engano quando aceitamos o aprimoramento tecnológico, sabendo que por trás dele existe fome, guerra e uma sociedade arruinada por falta de ética e pela subestimação dos valores morais.

O pensamento humano evoluiu tanto que junto a ele a fraca consciência não deixa acreditar nessa evolução.

Então, sabemos que a mudança deve ocorrer no campo dos valores, tendo como centro o ser humano.

Se continuarmos nessa disputa tão grande por cada centavo, não teremos tempo para viver e reconstruir o perfil do ser humano moderno - aquele imaginado há muitos anos. O homem também tem que crescer, mas geralmente ele é o último.

Pode evoluir materialmente, amealhando bens com a ganância de quem tem pela frente vários milênios, mas não consegue viver mais de cem anos.

Este hiato é o ponto fundamental que deve ser trabalhado a fim de restabelecer a essência humana, que reside dentro do homem, e não nas suas invenções.



Edição 074 - Janeiro de 2000.