sábado, 14 de outubro de 2000

S.O.S. MEIO AMBIENTE

O meio ambiente clama por ajuda. Vamos garantir o futuro dele, para que nossos descendentes possam apreciá-lo na sua uniformidade.

Um dos setores de maior notação na economia nacional é, sem dúvida, a agricultura.

Ela vem desenvolvendo técnicas em ritmo acelerado. Está cada vez mais intensiva, dependente mais de máquinas, irrigação e produtos químicos, cuja finalidade é obter maior produtividade, com menos mão-de-obra e custo.

Apesar do avanço das técnicas de cultivo do solo, da genética vegetal e controle de pragas, tem-se comprovado que tal evolução causa muitos problemas para o meio ambiente e ao homem.

Dentre eles, podemos destacar os mais prejudiciais como a degradação do solo, cuja dimensão é bastante grande, verificada pelas erosões que levam uma camada rica em minerais orgânicos.

A poluição por fertilizantes, embora os agricultores tenham plena consciência disto, continua contaminando os lençóis d’água, pondo em risco os seres vivos que dela dependem.

E um grande problema, já conhecido pelas organizações mundiais, é a provável escassez da água potável em breve. Ela é tirada do solo mais rápido do que pode ser reposta naturalmente. E o mais interessante é que um grande volume é desperdiçado. Desse jeito, a agricultura encontra mais dificuldades para atender a demanda urbana.

A questão da agricultura geneticamente modificada - os produtos transgênicos - mesmo com a principal vantagem da resistência à pestes, pode por em risco a nossa saúde.

A composição genética passa a não ser mais natural, mas artificial, porque é objeto de modificação pelo homem.

A tecnologia da qual a agricultura se usa, não pode, em momento algum, causar malefícios a ninguém. Mas, pelo que se presencia, resultam em conseqüências drásticas ao nosso planeta.

Ecologistas descontentes com este ‘progresso’ defendem a idéia da adoção de novas práticas de cultivo, ou seja, voltar às velhas formas de trabalhar a terra. Deverá, portanto, causar menos estragos ao meio ambiente. Nasce então um novo problema: como convencer os que utilizam modernas técnicas, a voltar décadas no passado, sabendo-se que os interesses econômicos são mais relevantes dos ambientais e ecológicos.


Edição 091 - Outubro de 2000.

terça-feira, 3 de outubro de 2000

VOTO CONSCIENTE, DEMOCRACIA EXERCIDA

O sistema democrático dá ao povo muitos privilégios. O cidadão é a peça chave, que tem o direito e o dever de eleger seus representantes. A democracia fundamenta-se na igualdade de classes, ou seja, um país sem classes, onde o governo é exercido indiretamente pelo povo pelos políticos.

E eles estavam em todos lugares de Concórdia tentando agradar a todos. Depois de anos ausentes, aparecem do nada para conquistar o povo. Fazem de conta que se interessam por problemas sociais. Foi novamente o mesmo teatro que assistimos dos candidatos políticos em outras vezes.

Jingles do tipo 'vote consciente, vote no Vicente' podem até ajudar a lembrar o eleitor, mas é uma estratégia prá lá de ridícula.

Nessas épocas, antes da eleição, os candidatos se misturam com o povão. Mesmo contra a vontade - mas pensando só no voto - eles participam de almoços, jantas e festividades em lugares que nunca costumavam freqüentar.

Diante de tanta evidência, tolo é quem se deixou iludir por tais atos. Mesmo uma pessoa pouco alfabetizada faria distinção entre aqueles que só querem tirar proveito.

Além disso, existe um meio ilegal para conseguir mais alguns votos nos últimos dias, ainda indecisos. É uma prática condenada pela justiça eleitoral e pelos bons costumes. A compra de votos pode comprometer a trajetória do candidato. Infelizmente, essa é a que mais acontece. Outra forma, por exemplo, as promessas de emprego também são usuais, embora não prevista nas punições legais da legislação.

Algumas destas colocações se anulariam se o voto fosse facultativo. Talvez menos da metade da população habilitada a votar, compareceria às urnas.

Formou-se uma ideologia negativa sobre os candidatos políticos. Mas também, não há eleitor que agüente tanta promessa, em horário nobre, gratuito!

As pesquisas de opinião podem servir de instrumento de manipulação, tentando mostrar através de amostragens geralmente baixas, uma realidade do momento. Há quem ainda escolhe o candidato que está liderando nas pesquisas apenas para dizer que o seu ganhou. Um absurdo.

É isso que faz a falta de cultura. E os erros dos institutos de pesquisa são inacreditáveis.

Portanto, agora devemos avaliar se agirmos com consciência e responsabilidade. Não podemos cobrar boa conduta se colocarmos pessoas sem ela, pois também nos cabe uma parcela de culpa. O que importa é quem escolheu certo, ganhando ou perdendo estará certamente vivendo em plena democracia.

Edição 091 - Outubro de 2000. (texto censurado pelo jornal)