domingo, 12 de dezembro de 1999

A EVOLUÇÃO DIANTE DO CALENDÁRIO E DO ANO 2000

O ano de 1999 é o mais esperado, desde que circundam uma porção de crenças místicas a ele atribuídas. Mas ainda não é o fim do século, que somente termina no último dia do ano 2000.

Temos muito o que brindar. Os 500 anos do descobrimento do Brasil fizeram crescer nosso país, tanto nos setores produtivos quanto nas desigualdades. Problemas como o bug do milênio, imprevisto da tecnologia, já está sob controle.

O esperado revelion será o mais famoso de todos os já festejados. Mas, comemorar a vinda de um novo ano, esperando que nossas incertezas irão se desfazer por estarmos num novo calendário, é um sonho irreal.

Já podemos viver a era aquariana. Tudo é uma questão de estado de espírito e inicia de cada um. Não dependemos de datas assinaladas pelo calendário para mudar. No primeiro dia do novo ano, pouco será desigual, ou quase tudo vai permanecer uniforme, rotineiramente.

O próximo século também está sendo aguardado com muita religiosidade. Independente de qualquer coisa, a concepção do povo sobre o mundo não vai se alterar com o início do ano novo.

O nosso calendário gregoriano está em vigor desde 1582. Os egípcios estão no ano 6235, e foram os precursores do calendário, enquanto que para o povo persa, o ano atual é 1377. Cada civilização ou religião adota diferente marco para contar o tempo.

Nostradamus errou ao profetizar a terceira guerra para o fim do segundo milênio, ou fazia referência a outro calendário?

O enigmático Apocalipse bíblico não passaria de uma ficção amedrontadora? Na época em que esse dogma foi criado não se tinha idéia de como seria evoluído cientifica e tecnologicamente o ano 2000, com tantas descobertas acerca de verdades primordiais incontestáveis.

Contudo, frente à modernidade, o homem deixou de evoluir o seu interior. Consegue consertar uma nave no espaço sideral, mas não descobre (porque não quer) os defeitos do próprio corpo; comove-se com a situação adversa dos animais, e mata de fome, pela espoliação, o seu semelhante.

Seria digno encerrar o ano com mudanças superiores às materiais, com progresso das suas virtudes, das suas relações, da postura ética para com a sociedade, com avanço do conceito moral.

A realidade é outra. Ainda falta muito para se construir a sociedade do novo milênio. Por enquanto, só o calendário está sendo atualizado gradualmente.


Edição 073 - Dezembro de 1999.

quarta-feira, 1 de dezembro de 1999

A MODERNIDADE AO NOSSO ALCANCE

O computador foi a maior criação do engenho humano. Alterou profundamente nossa rotina de vida, nos aspectos do pensar e do fazer. Há cinqüenta anos atrás, ocupava o espaço de uma larga sala e precisava ser refrigerada constantemente. Ficava, mesmo assim, parado meio dia para a troca de peças.

Hoje, o seu descendente é milhares de vezes mais eficiente e o avanço continua espantando dia a dia.

As descobertas da ciência, de grande importância para o mundo, são menos lembradas do que a grande evolução dos últimos 2 ou 3 anos no campo da computação.

Dispomos da Internet, uma rede mundial de computadores, com livre acesso, que pelo menos triplicou as vantagens de se ter um computador na empresa ou em casa.

A idéia surgiu ainda durante a Segunda Guerra Mundial, e foi se aperfeiçoando de forma bastante lenta. Moldou-se praticamente no fim da década de 90. Fazer uma carta no micro e enviá-la a um amigo pelo correio é costume do passado. As correspondências eletrônicas chegam em tempo quase real, além de custar pouco.

Hoje é o maior canal de comunicação e informação, que aproxima pessoas, cidades e países. O homem jamais inventou uma ferramenta tão usada quanto a Internet. É incrível, contagiante. Não há limites de idade. Pode ser considerada como a 8.ª maravilha, ou a 1.ª maravilha do mundo contemporâneo.

Reduziu o volume de trabalho nas empresas, mas causou maior agilidade, com resultados melhores.

Embora a Internet esteja revolucionando o mercado, ela ainda está muito distante do que não está previsto para o futuro próximo.

Parece ainda haver ceticismo, mas o processo está ainda do estágio da imaturidade. Imaginamos operar com bancos virtuais, sem precisar se deslocar até a agência. Isto já é possível hoje.

A tendência é que as pessoas divulguem na web (rede mundial) suas páginas pessoais, numa espécie de marketing individual.

Os backups de dados já podem ser seguramente armazenados, com menos riscos, nos provedores.

Entretanto, diante da modernidade técnica ao nosso alcance, existem ainda um pouco de resistência em usá-la.

Contudo, com o tempo e a necessidade, sobretudo, acabamos por aderir a tecnologia da informação - de caráter altruístico - nas mais variadas diversidades.

Edição 072 - Dezembro de 1999.

segunda-feira, 15 de novembro de 1999

O IMPACTO DA REFORMA TRIBUTÁRIA

Ao se tratar de aumentar tributos, o governo é extremamente competente e criativo.

Já a alguns anos vem se falando em reforma fisco-tributária. A adoção de um sistema simplificado com alíquotas menores e menos incentivos fiscais é uma realidade comprovada por profundas mudanças econômicas. Logo, é preciso mudar também a legislação.

O setor produtivo não consegue se igualar aos custos dos concorrentes externos devido a excessiva carga de impostos, além de sofrer com o efeito cascata dos mesmos.

Com o pacote fiscal de 1997 aumentando as receitas, o governo adotou medidas que onerou a sociedade sem resultar em crescimento do nível de atividade econômica. Mesmo com a retração da economia, os contribuintes nunca arcaram com tantos impostos e contribuições.

Para propulsionar o desenvolvimento, foram criados os incentivos fiscais, embora estes fazem o governo deixar de obter dinheiro, sendo muito pouco relevante o crescimento setorial. As empresas buscam, nestes casos, a elisão fiscal como forma de eximir-se da obrigação com o Estado. A nova proposta vedaria a concessão dos benefícios.

A característica principal desta reestruturação é o não aumento das alíquotas, mas sim da base de tributação. O Legislativo afirma que "não aumentará a carga tributária", entretanto, indiretamente o leque abrir-se-á em desfavor ao consumidor.

O trâmite conta com a participação indireta do Banco Central, atuando nas políticas monetária e cambial. O BC interfere em ocasiões de modo que o sistema governamental não prossiga de forma clara para o ajuste. Diante disso, o método político precisa ser mais objetivo.

Para o setor terciário, representando mais da metade do Produto Interno Bruto – PIB, e crescendo continuamente, a incidência será mais onerosa. Em breve o Imposto Sobre os Serviços poderá ser agregado a outros impostos de alíquota uniforme.

Para o Executivo, não está havendo muita diligência para que a reforma seja sancionada logo, pois a arrecadação atual é recorde. Inclusive não é necessário criar ou majorar impostos, já que a pretensão é o estímulo aos investimentos e o tratamento indiferente entre produtos importados e nacionais.

O projeto aumentará a competitividade da indústria. Vai acabar o acúmulo de tributos, concentrando a tributação no consumo. Não se faz nenhuma melhoria no Brasil, sem haver nepotismo à elite ou benefícios recíprocos, infelizmente.

Provavelmente no ano que vem ou somente no próximo século podemos contar com a tão esperada reforma tributária.



Edição 070 - Novembro de 1999.

segunda-feira, 4 de outubro de 1999

CONTABILIDADE GERENCIAL x CONTABILIDADE FISCAL

A formação profissional do contador, somando os sistemas de contabilidade, formam um grande potencial em termos de administração, pois neles se encontram uma série de informações, que dispostas de forma ordenada, permitem ao empresário tomar decisões mais coerentes.

A administração é baseada na contabilidade. E o sistema contábil constitui o elemento essencial que embasa a tomada de medidas da empresa. Esses informes devem projetar decisões, pois são, ou deveriam ser, demonstrativos da verdade.

O que evidencia a realidade é a contabilidade gerencial. É uma forma de mostrar as eficiências e as deficiências que causará um melhor planejamento das estratégia. O que tem que existir, é uma contabilidade única, sem haver aquelas cifras ditas "por fora".

Esse esquivo é utilizado na intenção de beneficiar a empresa, que por outro lado é prejudicial. Não poder comprovar com documentos hábeis o real movimento na ocasião da solicitação de créditos junto às instituições oficiais, além de correr o risco de ser autuada pelo fisco, são algumas desvantagens.

O instrumento gerencial deve ser obtido da contabilidade real, seja ela lícita ou, excepcionalmente ilícita. Os dados devem ser confiáveis, bem ordenados e apresentados em momentos oportunos. No entanto, não é muito usado o controle gerencial, seja por falta de organização do administrador, ausência de assessoria contábil, ou pela simples falta de comunicação.

É preciso mudar esse modelo, estabelecido desde a existência da baixa competitividade e mercados fechados - há uns 8 anos - quando também não necessitava-se de muitas informações.

A contabilidade não se justifica em atender apenas o fisco. Ela tem a função exclusiva de avaliar e demonstrar as dimensões da empresa, para que se possa tomar o rumo certo, diante de uma boa administração. Mostra as variáveis através de indicadores de tendência, inclusive o desempenho econômico de um determinado setor ou mesmo num âmbito macro.

Frente isso, a profissão contábil só estará contribuindo com sua tecnologia para a modernização das empresas nacionais, no momento em que o usuário principal se utilizará dos meios eficientes oferecidos por ela.



Edição 069 - Outubro de 1999.

sexta-feira, 17 de setembro de 1999

A IMPORTÂNCIA DA MICROEMPRESA CATARINENSE

A economia estrutura-se nas pequenas empresas, que representam 90% no estado. A falta de reconhecimento compromete o sistema de desenvolvimento e a geração de emprego esperados.

Em 1984, o ato político de maior importância para o país, foi a aprovação do Estatuto da Microempresa. A esfera estadual e municipal ganhou prerrogativas com a lei complementar que lhes delegou a competência de definir os critérios de enquadramento, de acordo com os moldes econômicos regionais ou locais.

A Lei trouxe muitos benefícios, mas além disso percebe-se a existência de dificuldades em gerir corretamente o negócio. A falta de profissionalismo e informação do empresário compromete os rumos da pequena empresa; a concorrência acentuada devido a diminuição de empregos nas grandes indústrias fez surgir um número elevado de microempresas de nível abaixo do requerido.

O perfil do empreendedor catarinense revela que os donos do próprio negócio são na maioria homens entre 30 a 40 anos. A escolaridade, em mais da metade dos casos, não ultrapassa do 2.º grau completo, enquanto que somente cerca de 9% são formados em curso superior.

Embora tendo o privilégio da isenção de certas incidências tributárias, as ME enfrentam uma alta carga de impostos, além de enfrentar as burocracias exigidas pelas instituições na obtenção de créditos. Outro fator de deficiência é o excesso de formalidades para constituir e baixar seus registros comerciais.

A estratégia que beneficiaria a sociedade como um todo é o investimento constante na formação do empresário, para ter conhecimentos básicos ou específicos, e informações sobre as modernidades. Dentre outras, uma alternativa pouco provável de concretização, é a promoção de ações que reformulem e flexibilizem a legislação trabalhista.

Os trabalhadores tem que ficar cientes de uma nova situação de emprego, favorecendo a parceria com a empresa. A nova ideologia passaria da relação do vínculo empregatício para a filosofia de que as ações do trabalho do 'empregado' resultariam no sucesso da empresa, e este seria seu próprio sucesso.

É preciso levar mais a sério a função das ME na sociedade, a própria beneficiada, não esperando ações governamentais, o mínimo desejável, a fim de ser aprovado pela população os pequenos projetos de investimento que garantirão a continuidade destas instituições. Dessa forma, quem passou pelos variados ajustes, alvos de inovações políticas, tem o talento reconhecido. Diante do cenário tecnologicamente moderno e dos abalos econômicos, as microempresas continuam suportando a pressão. A resistência pela modernidade predestinará as empresas ao insucesso. Então, pouco adianta lançar-se no mercado com sonhos utópicos de empreendedorismo.

As deficiências desse setor relevante no panorama econômico induzem as ME, de modo comum, à evasão fiscal. Mesmo depois de 15 anos, ainda é preciso adaptar a legislação ou os processos administrativos, para que e dirigente faça valer seu potencial, banindo a sonegação claramente notada, contudo, impune.



Edição 067 - Setembro de 1999.

domingo, 5 de setembro de 1999

ALÉM DO PROFISSIONALISMO

A relação estudo-profissão atualmente é intermediada pela Universidade. Em primeiro plano, serve como referencial de uma boa formação. E, depois,, vista como o principal agente responsável - aliada à economia - por inserir profissionais não bem preparados para o mercado de trabalho.

Dessa forma, a função da universidade é preocupar-se com a ampla formação do ser humano. Antes de constituir legalmente o "Contador", ela deve desenvolvê-lo para que entenda a contabilidade e suas relações sociais.

A profissão nada mais é do que um aspecto conseqüente. Temos várias delas, porém, existe a escassez de pessoas para exercê-las a fundo. Assim é mais importante a formação do ser humano como pessoa que interpreta as leis e faça justiça, do que simplesmente existirem "Advogados". A profissão ajuda a completar o homem e é, por isso mesmo que é necessária. Contudo, esses conceitos não se confundem. Mais estranho seria, se nos compararmos aos que freqüentaram os bancos universitários há décadas passados. Daquela época até hoje, houve uma progressiva melhoria, todavia, não chegou ao ponto de nos limitarmos a aceitar os benefícios que dispomos.

O comportamento ético a ser exigido ainda precisa ser mais trabalhado pelas instituições, e devem investir a fim de disponibilizar mudanças e benefícios que sejam capazes de neutralizar o profissionalismo auto-suficiente. Isso nada mais é do que um compromisso educacional que deve ser de vez assumido.

O conhecimento nunca foi tão valorizado quanto nessa década. Até ganhou um novo conceito, capital intelectual, devido ao seu valor ser superior à soma dos bens materiais, e considerado imensurável. Exercendo a profissão com ética e moral, atendendo aos fins sociais requeridos, estamos ajudando com o processo de melhoria desse modelo.



Edição 066 - Setembro de 1999.

terça-feira, 3 de agosto de 1999

ELE MORREU HÁ 10 ANOS ATRÁS

Raul Seixas nasceu no final da 2.ª guerra mundial em 45. Sofreu forte influência do rock'n roll dos anos 50. Seus maiores ídolos eram Elvis Presley e Chuck Berry e Jerry Lee Lewis. Para ele o rock morreu em 59, quando o estilo de vida se transformou em modismo. A carreira do cantor e compositor, resumiu8-se em 21 anos de álcool e de rock, 21 álbuns gravados, 4 discos de ouro. Hoje, com mais de 20 coletâneas no mercado, é o cantor mais lembrado, editado e respeitado.


Neste Triste mundo, aos trancos e barrancos, Raul Seixas botou prá ferver. Achou graça do palhaço do banquete. Foi para a cidade maravilhosa ver a hora do trem passar; porém a grande piada é que lá passou fome por dois anos. Não encontrou ouro de tolo nas minas do Rei Salomão. O moleque maravilhoso vacilou com o rock das "aranha" e só prá variar, nos anos 80 tentou alugar o Brasil. Conservou o seu medo, mas sempre ficou sem medo de nada. O cowboy fora da lei foi a própria metamorfose ambulante; uma paranóia que lhe rendeu muitas aventuras na cidade de Thor. O negócio foi descobrir o segredo do universo, entre Deus, e o Diabo - o pai do rock. Disse não mais querer andar na contramão, mas pegou o metrô linha 743 rumo ao século 21 e cantou para tanta gente a sociedade alternativa - à sombra sonora de um disco voador – que teve que dar uma saída para os Estados Unidos em 74. O carimbador maluco foi a autêntica mosca na sopa que abusou e perturbou o sistema. Raul simplesmente não suportava a realidade. Escreveu a lei na pedra do gênesis e com a panela do diabo, mostrou a todos a receita do bom e velho rock´n roll. O carpinteiro do universo descobriu que a verdade sobre a nostalgia é esperar o dia da saudade sem medo da chuva. Entre outros caminhos, Raul queria mesmo saber que luz era aquela, no dia em que a terra parou. Pegou o trem das sete e viu o mal vir de braços e abraços com o bem num romance astral. O trem passou e o barco vai. Há dez mil anos atrás aprendeu começar tudo de novo e tentar outra vez. A morte que caminhava ao seu lado, pode ser o grande segredo da vida. Todo mundo explica as profecias, mas é apenas conversa prá boi dormir. Não caiu no conto do sábio chinês, porém aquela coisa causou muita cãimbra no pé com o sapato 36. O maluco beleza partiu no dia 21 de agosto de 1989. A charrete da sociedade alternativa perdeu o condutor, mas a estrela não se apagou. O novo aeon aguarda outro super herói que faça, fuce e force; não pare na pista, porque o bom., como vovó já dizia, usa óculos escuros e faz o que o diabo gosta em nuit de luz cheia.


Raul morreu cedo mas viveu muito. Lutou por sua causa existencial, o sonho da sociedade alternativa. Pregava a qualquer custo a filosofia crowleyana: "Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei." Se você não está dentro da sociedade alternativa, a sociedade alternativa sempre esteve dentro de você. Agora, ele faz parte da nossa cultura, porque os homens passam, as músicas ficam.

Edição 065 - Agosto de 1999.

sexta-feira, 16 de julho de 1999

UM ESTÍMULO NATURAL

O sucesso depende exclusivamente de nós. Ele jamais ocorre por acaso. Pode ser comparado a um grande animal difícil de capturar, por exemplo, um rinoceronte. Muito trabalho é requerido. Contudo, sempre esteve aberta a temporada de caça.

Naturalmente, o segredo é tornar-se um rinoceronte. Portanto, você tem que ser muito forte. Fracos não se sobressairão. É a lei natural. Animais, empresas, pessoas...

Enormes empecilhos cairão no momento em que você ganha terreno. Nada machucará sua pele, nem sequer medo sentirá dos rivais. Seu objetivo está em vista. Sempre encontrará pelo caminho alguém que justificará o próprio insucesso através das desculpas. Mas isso é indiferente e não comove.

Você não se refugia nem ao menor sinal de perigo, porque a coragem o fortalece. Tem uma meta e persiste até alcançá-la. Não desiste com facilidade, nem se deixa influenciar por quem torce pelo seu fracasso.

Sente-se cansado com a mediocridade. Quer conquistar espaço. Não dá ouvidos para falsos estímulos e só pisa em terra firme. Seu instinto é determinado para vencer.

A medida em que aumentam os obstáculos, também os enfrenta com maior poder. Você não depende de outrém. Toma a iniciativa porque está consciente que mesmo aceitando auxílio, alguns poderão arruiná-lo. Fica arregalado, atento ao que acontece à sua volta. Avança a recua na hora certa, evitando desperdício de tempo. Suas qualidades são as melhores.

Agora é sua vez. Mude a tática. Ative o contra-ataque sem receio de regressar para defender seu ideal. Querer já é meio caminho andado. Cansou se sair em busca do objetivo e não ter o tão esperado êxito? Torne-se um rinoceronte!


Edição 063 - Julho de 1999.

sexta-feira, 2 de julho de 1999

O INÍCIO DA REFORMULAÇÃO UNIVERSITÁRIA

O novo instrumento possibilita averiguar as deficiências no ensino superior, bem como corrigi-las a tempo.

O Exame Nacional de Cursos, popularmente chamado de Provão, está cumprindo a função de avaliar os cursos superiores, por forca de lei. Que a norma seja uma boa justificativa para proporcionar modificações e atualizações. Contudo, o exame polêmico, gerou protestos entre estudantes. Seria melhor omitir o exame? É temido um baixo desempenho? Ou é apenas uma atitude irreverente diante da obrigação?

A capacidade do universitário é mensurada pela prova imposta pela vida. É o provão aplicado diariamente pelo mercado de trabalho.

Sendo ou não avaliada por órgãos governamentais, a instituição de ensino jamais será sujeito qualificador de talentos. Os que egressam da universidade em busca de posição privilegiada moldaram seus conhecimentos de acordo com suas aptidões.

A real formação, quem a faz é o próprio estudante, mediante a ambição da vitória. Não existe sorte. O que existe é a oportunidade estar diante da preparação. Pouco adianta testar a escola ou o aluno, num 'vestibular de saída', se esta não garante a carreira profissional.

No entanto, o sistema do governo para o estudante, felizmente apresenta ser uma boa idéia. Se detectadas ineficiências, os ajustes beneficiarão futuros acadêmicos. E mesmo existindo projeto de reformulação no Congresso, se faz necessário exigir, a fim de apressa a conclusão e implementação urgente dessa reforma.

Um programa em que o aluno, ao findar o ensino médio, diretamente entre na universidade sem testar seu intelectual para os gabaritos - visto que houve acompanhamento de sua evolução - possivelmente poderá ser o novo método a adotar-se.

O Exame Nacional de Cursos não deixa de ser uma medida principiante para readaptar a educação. Todavia, deverão ser considerados seus efeitos. É provável em breve termos uma grade curricular determinada conforma as necessidade do mercado de trabalho e da sociedade. Portanto, não podemos esquecer que as maiores avaliações são determinadas, exclusivamente pela vida. Sucesso é a tua prova!



Edição 062 - Julho de 1999.

sexta-feira, 25 de junho de 1999

DO OUTRO LADO

autor desconhecido

Certa vez, dois homens, seriamente doentes, estavam na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno, e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que via lá fora. A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as arvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de arvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago, e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora... Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance? Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som da respiração parou. De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem morto, e silenciosamente levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, olhou para fora da janela. Viu apenas um muro...


"E a vida é, sempre foi e será, aquilo que nós a tornamos."

quarta-feira, 2 de junho de 1999

CONSULTORIA EMPRESARIAL - UMA FERRAMENTA DA ADMINISTRAÇÃO

Antes de contratar um serviço de consultoria, deve-se analisar o custo-benefício que a empresa obterá.

Visando ser competitivas e manter-se no mercado seletivo, as empresas procuram contratar serviços de consultoria por diversos motivos.

O empresário busca uma resposta mais eficaz para seus problemas, pois com a visão de especialista, conhecimento e experiência que os consultores detém, podem proporcionar decisões eficazes.

De fora da organização pode-se ter melhor visualização das alternativas e soluções, uma vez que os empreendedores diariamente maquinam possíveis estratégias.

O conhecimento especializado faz com que o consultor atue como um verdadeiro psicólogo da organização. Contribui com idéias frescas e mais proativas para absorver as mudanças

Por serem politicamente desvinculados da empresa, tem ponto de vista independente que muitas vezes divergem do administrador, causando resistência em aceitá-los.

Depois da readequação da economia à globalização e ao plano de estabilização, o quadro de pessoal das empresas minimizou-se. Dessa forma, restaram menos profissionais para dar conta das atividades rotineiras. Assim, os projetos de modernização e crescimento das instituições ficaram de lado, pela ausência de atenção dos profissionais sobrecarregados.

Nesses casos a contratação de um consultor pode ser uma opção vantajosa até certo ponto.

Mesmo com algumas das vantagens citadas, é preciso ter cautela em alguns aspectos que podem levar ao empresário a ciência de contratar ou não esse serviço.



Edição 060 - Junho de 1999.

domingo, 16 de maio de 1999

O PERFIL DA EMPRESA MODERNA

A inteligência é o futuro. Se não mudarmos, amanhã parecerá ontem, exceto pela data.

Nos últimos dez anos o melhor investimento foi, sem dúvida, o aplicado em aperfeiçoamento pessoal. É um retorno a curto e médio prazo, superando as aplicações em bolsas, imóveis ou bancos. Neste universo da informação, conhecimento é poder, especialmente o que gera ação.

O Capital Intelectual pode ser empregado para produzir riquezas, pois é uma nova ferramenta, baseado na inteligência e na criatividade, principalmente.

Contudo, a maior deficiência se encontra na falta de pessoas habilitadas a suprir as necessidades mercadológicas atuais. O profissional aceito é o que carrega consigo o lema da inovação criativa. Não há empresa inovadora se as cabeças que a conduzem não pensarem em inovar. Passou o tempo de limitar-se rigorosamente ao horário de trabalho. A flexibilização tem se tornado essencial objeto de avaliação de desempenho.

Como as empresas são feitas de inteligência, cultuá-la pode ser mais barato que tocar os negócios exclusivamente com a força do capital. A criação de valores é missão importante, mais que o próprio resultado obtido, porque o lucro á apenas conseqüência. O potencial da empresa é mensurado pelo ‘estoque de inteligência’.

Trabalhar no contexto organizacional da empresa está ficando cada vez mais difícil.

Com a economia globalizada e facilitada, a posse da informação exigirá competência e talento para ser manipulada corretamente, visando qualificar produtos e serviços.

Tratado pelo perfil moderno de avaliação como relevante, o conhecimento é também patrimônio empresarial. A empresa de hoje pensa!



Edição 059 - Maio de 1999.

sábado, 15 de maio de 1999

SALÁRIO MÍNIMO

O salário mínimo tem que atender as necessidades básicas de sobrevivência, por forca de lei.

As origens do Salário Mínimo quase se perdem no tempo. Desde os povos babilônios e francos havia a fixação dos níveis mínimos e máximos do salário.

A introdução desse direito no Brasil deu-se em 1940 com base na constituição de 1934. Em 1964 começou a ser corrigido por índices através de intervenção estatal, objetivando recompor o valor real de compra frente à desvalorização. Mas foi somente em 1984 que ocorreu a unificação do valor do SM, e em 1990 passou a ser fixado pelo Governo.

O fundamento legal que identifica o SM é não poder desatender às necessidades mínimas de sobrevivência, sendo a alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. Contudo, a lei deixa de expressar as exigências básicas à educação e recreação. Os legisladores omitiram esse segmento importante para o crescimento econômico e cultural.

Um aumento mais elevado, que criasse mais motivação ao trabalho, é argumentado por razões injustificáveis: as empresas na teriam recursos suficientes para bancar o aumento, diante do estável patamar econômico brasileiro.

Vergonhoso é falar sobre SM, estando ciente que com mais de cinqüenta impostos, o Brasil tem a carga tributária mais elevada do mundo e o salário é um dos mais baixos. As receitas orçamentais de arrecadação são relevantes, porém, o retorno não é equivalente e é mal distribuído. Valores que poderiam ser investidos numa política salarial mais adequada são alvos de fraudes, má gerência e desperdício em obras e outros gastos não essenciais.

É provável o Governo temer que um considerável aumento no SM irá gerar flutuações de preços indexados a ele, frustrando sua grande meta de segurar a inflação.

Infelizmente quem mais agüenta é o trabalhador de baixa renda, que sacrifica-se para poder viver... sobreviver com o salário mínimo. Ele trabalha porque precisa, não porque gosta. Nos últimos anos, o dia 1.º de maio nem sequer fez lembrar as conquistas do dia do trabalho. Nada além de uma dia para descanso!



Edição 058 - Maio de 1999.

sábado, 17 de abril de 1999

EQUILÍBRIO EMOCIONAL

Todas as coisas que sucedem fora de nós são exclusivamente o reflexo do que interiormente.

Assim como existem diferentes classes sociais, também há distintos níveis do Ser. O que internamente somos, faz atrair as diversas circunstâncias correspondentes da vida.

Podemos representar os níveis do Ser através de uma escada vertical com muitos degraus onde podemos encontrar todos os níveis, pois cada pessoa é diferente e ninguém pode contradizer. Esse referencial é mensurado por uma linha vertical imaginária, sendo inconfundível com a reta horizontal, controladora temporal. Em algum desses degraus também nos encontramos.

Títulos e ascensões do mundo físico externo, de modo algum originariam uma reavaliação do Ser - passagem a um grau superior nos níveis.

Indiscutivelmente, a inclinação natural pode corresponder e influenciar fatos.

A capacidade para existir lucidamente procede exclusivamente da qualidade dos estados internos. Não importa quão formosos sejam os eventos da vida, se não nos encontramos, em tais momentos, no estado interno apropriado. Raras são as pessoas que sabem harmonizar tais emoções.

A combinação dos estados interiores com acontecimentos exteriores é a forma correta de saber viver inteligentemente. A mudança acontece de dentro para fora, e quem aprende isso, indubitavelmente, leva uma vida emocional equilibrada e pelo caminho do êxito haverá de andar!


Adaptação de "Tratado de Psicologia"

Edição 057 - Maio de 1999.

quinta-feira, 1 de abril de 1999

O CAPITAL INTELECTUAL

O Capital Intelectual (CI) é formado através de investimentos da empresa nas pessoas que a integram. A formação ocorre geralmente com a introdução de treinamentos e cursos de aperfeiçoamento.

O imobilizado da empresa, que representa o Capital Fixo, apesar de ser indispensável, é irrelevante; os equipamentos trabalham, mas não criam. Pensar e criar são ações emanadas do Ativo Intelectual

O conhecimento intelectual é abstrato, pois o elemento humano o carrega dentro de si, sendo assim muito fácil de ser dissipado.

Por vários motivos, muitas empresas preferem deixar de investir em seu pessoal, por considerar a quantia como despesa. Para o empresário, isso causará problemas com a concorrência e com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos.

Como o CI é um investimento que reflete diretamente nos resultados, para a empresa é bom fazer o melhor uso possível do conhecimento que as pessoas detém, deixando consciente o empregado das vantagens para ambas as partes.

Finalmente as empresas estão valorando essa qualidade que vêm crescendo em larga proporção, e a tendência é aumentar ainda mais o interesse pêlos detentores dessa habilidade.

Edição 056 - Abril de 1999.

domingo, 14 de março de 1999

O DESEMPREGO NO MERCOSUL

O desemprego é a principal preocupação da sociedade brasileira. Nunca foi tão alta a sua taxa, que está em 8% no país, e isso é reconhecido.

As demissões, que eram a primeira medida imediata de diminuir custos, hoje é o último recurso utilizado. Após cortar várias outras despesas, desfazem-se da mão-de-obra qualificada.

De certa forma, o Brasil poderia imitar da Europa uma unificação de moeda. Como fazemos parte do bloco econômico Mercosul, isso seria possível, pois recuperaria nossa economia, que a anos freou. Está nos acordos iniciais do Mercosul, a eliminação de barreiras comerciais entre os países-membros, inclusive isenção de taxas ou qualquer outros impostos sobre produtos e serviços oriundos e usofruidos pelo bloco. Mas isso está longe de ser realidade ainda.

Não só o Brasil luta contra o desemprego. Todos os países-membros tem seus entraves, embora uns mais, outros menos. E todos dependem de uma negociação entre si para começar a agir. Isso é uma questão política, e a economia é sua subordinada.

No momento que as economias começarem a se expandir, mesmo com atraso de alguns meses, é porque algo foi feito no passado para isso acontecer.

O emprego somente aumentará se houver crescimento econômico. Para tal é necessário a união entre os países do Cone Sul.

Não vai ser buscando ajuda financeira ao FMI que resolverá por definitivo o problema. A curto prazo até poderia suavizá-lo, sim. Porém, ainda devemos ficar de observação no câmbio, que gradualmente vai tirando o real valor da nossa moeda.


Edição 055 - Março de 1999.

terça-feira, 2 de março de 1999

NOSSA MOEDA É REAL?

Somente o crescimento econômico trará a solução definitiva.

Convivemos com um momento onde é grande a concorrência entre as empresas, com a entrada de produtos e serviços de fora. O dinheiro está curto para todos; os salários andam congelados. Diante desse quadro, qualquer despesa que possa ser cortada é comemorada com êxito.

A economia está praticamente parada frente essa situação. Não há geração de empregos, pois as indústrias não dispõe de recursos, em virtude da política fiscal que corrompem as receitas.

O recuo das empresas brasileiras tem como causa primária o aumento dos encargos sociais e a entrada de capitais privados estrangeiros que bloqueiam a produtividade e o crescimento, ocasionando a redução de custos e despesas através de cortes no quadro de pessoal.

É difícil inverter esse panorama. O que pode ser feito é amortecer os impactos e tentar impedir que o desemprego se amplie. Isso seria uma medida preliminar necessária.

Em segundo plano o que também poderá resolver será repensar a legislação trabalhista. A atualização das leis poderão tornar mais fáceis as negociações entre patrão, empregado e sindicato, permitindo contratos menos burocráticos e onerosos. Assim as normas tornar-se-ão mais eficazes.


Edição 054 - Março de 1999.

terça-feira, 2 de fevereiro de 1999

INDOLÊNCIA

É grande a tentação em conformar-se com aquilo que se conseguiu. Nossa capacidade é enorme e sempre superável.

O Universo evolui. Os astros se movimentam. A cada dia a ciência descobre novos corpos celestes. Tudo isso desafia o ser humano, que em muitos momentos tem a tentação de se acomodar.

Porém, a morte é a única certeza que nos fará parar. A morte física pára os nossos movimentos. A mental não tem evolução ou criatividade. Há ação sem reflexão. Perde-se os sentimentos e emoções, nada mais entusiasma. Inexiste razões para tentar ser feliz. O sonho de uma vida melhor com amor torna-se impossível. As pessoas ficam indolentes, sem ânimo.

Assim, existe indivíduos que vivem, mas o seu interior está completamente destruído. O coração bate, mas não por ideais. Vivas são aquelas que motivam razões para viver. A vida só acaba quando o corpo físico não funciona mais, e não quando o sistema psicológico está abalado ou deprimido.

É hora de levantar a cabeça e perceber que a vida oferece oportunidades a cada momento.

Edição 053 - Fevereiro de 1999.

segunda-feira, 4 de janeiro de 1999

O BERÇO DA ILICITUDE

Se não fosse a intervenção do estado, o crime ilegal se transformaria numa grande indústria lucrativa.

Foi nos bairros pobres de Nova Iorque que surgiram homens que ganhavam fortunas com contrabandos, jogos, armas e outros negócios ilegais no século XVIII. Lá se revelam as histórias mais cruéis dos gângsteres, ou homens do crime.

Os melhores, agiam como autênticos homens de negócio, porém detinham em consciência os mais ágeis planos criminosos para obter ganâncias. Inclusive tinham influência no submundo, além de circular na alta sociedade.

Com a Lei Seca introduzida nos EUA em 1920, proibindo o consumo de bebidas alcoólicas, os gângsteres se fortaleceram, pois com isso incrementaram seus contrabandos. Saciaram a sede da América com bebidas falsificadas de péssima qualidade, fabricadas em destilarias clandestinas. Se não fosse a intervenção da polícia e do governo, o crime organizado se transformaria numa grande indústria lucrativa semelhante a do aço. Mas mesmo assim, conseguiram reunir fortunas com seus cartéis liderando um império de crimes.

Da máfia recente deste século são apontados Arnold Rothstein, Meyer Lansky - rei dos cassinos ilegais -, Bugsy Siegel, Lucky Luciano, Duth Schultz e Al Capone. Este último tem sua história muito curiosa.

Começou tudo com apenas 20 dólares e acabou chefe de uma rede de crimes que movimentava mais de US$ 100 milhões de dólares por ano, aos 24 anos. Foi acusado por cerca de 500 assassinos, porém ninguém conseguiu provar seus crimes. Após ter sonegado US$ 215 milhões em impostos e cumprir 8 de 12 anos de prisão, - por bom comportamento - Capone foi finalmente derrotado na sua mansão em Miami, por 600 policiais.

Apesar das fortunas conseguidas ilegalmente, através de subornos, práticas ilegais de jogos e contrabandos, as figuras mais notórias tiveram um triste fim. Capone nos últimos meses, estava tomado pela sífilis e problemas mentais; Rothstein pela loucura.

Contudo, marcaram a história. Um grupo de pessoas que se destacou dentro de uma realidade passageira. Com a abolição da Lei Seca, findaram-se os grandes movimentos financeiros obtidos ilicitamente.

Em pleno século XXI, com certeza os vilões não são mais os gângsteres, piratas medievais ou bandidos do velho oeste. Minha concepção aponta como maiores ladrões ou depredadores do nosso país... os "homens da lei", isso mesmo, "eles" !!

Edição 051 - Janeiro de 1999.