terça-feira, 1 de maio de 2001

O CAPITALISMO NA RELAÇÃO TRABALHISTA

O dia do trabalho merece ser refletido por cada um, não comemorado.

Toda a atividade que alguém exerce, buscando a sobrevivência pela remuneração, é naturalmente entendida como trabalho.

Esta simples definição, após a ascensão do sistema capitalista tem sido mudado, em suas relações de produção. O novo sistema, substituto do feudalismo, alastrou-se rapidamente e abrangeu a maioria dos países. No entanto, entrou em contradição com os valores então estabelecidos e vividos pela massa operária.

A busca incessante pelo crescimento econômico, em discriminação aos trabalhadores, fez o sistema se fortalecer e dominar as relações comerciais entre continentes, principalmente depois dos efeitos da globalização.

Dessa maneira, as conseqüências refletiram em novas relações de trabalho, ou seja, num novo conceito sobre as atividades remuneradas. Após a quebra dos paradigmas históricos, novos princípios se estabeleceram.

O trabalho passou a ser visto então, não como uma imposição para sanar as necessidades, mas uma relação aberta onde não procuram-se personalidades para atender aos horários. Deve-se ter, além de envolvimento, o comprometimento com a responsabilidade assumida, num lapso temporal flexibilizado de acordo com o alcances dos objetivos.

A nova face do trabalho envolve pessoas capazes de enfrentar e resolver toda a carga de pressões a que vêm sendo submetidas cada vez mais nos últimos tempos. Profissionais que pretendem ter auto-suficiência, desprezando valores de companheiros e subordinados, que gostam de trabalhar sozinhos, não apenas poderão ser fortes candidatos ao fracasso, mas também grandes geradores de problemas.

Desenvolver capacidade de resolver situações cotidianas das nossas relações pessoais no trabalho, é outra exigência que tem sido muito cobrada. O estudo, além disso, não dá a garantia de que o profissional vai dar certo, mas sem ele, é evidente que não vai dar certo.

O trabalho serve para a subsistência humana e sempre o objetivo do trabalhador, desde o século passado, foi conquistar uma vida digna. Nem todas empresas tem reconhecido o valor dos seus funcionários. Quando isso acontecer, com certeza eles vão se empenhar mais, fazendo do trabalho não somente uma forma de garantir sua vida, mas uma atividade normal, que sentir-se-ão satisfeitos e felizes. Com isso, portanto, o dia 1º de maio será lembrado com menos inquietações, sobretudo, no mundo capitalista.

Edição 104 - Maio de 2001.

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