quarta-feira, 6 de setembro de 2000

NOVOS PARADIGMAS PARA UMA ANTIGA QUESTÃO

O problema não é a falta de tempo, mas a melhor maneira de como utilizá-lo.

As empresas, apesar de todos os recursos naturais existentes, dependem diretamente de duas possibilidades de progresso: o tempo e o intelectual.

O primeiro é precioso, pois está cada vez mais raro. E o intelectual, provavelmente nunca exploraremos toda sua capacidade. Os dois recursos são, indiscutivelmente, a base do potencial, resultando em talento empresarial, ou simplesmente sucesso.

O equilíbrio entre a administração do tempo e o uso da inteligência gera um desafio de mudança num contexto de competitividade e qualidade.

Pecamos quando acreditamos possuir tempo suficiente para fazer tudo. Jogamos nosso precioso tempo fora e economizamos idéias. É por isso que sentimos dificuldade de alterar processos e mudar velhos paradigmas. Somos limitados, inclusive, pelo padrões atuais.

Os dois recursos aliados, podem mudar o futuro das organizações. Os neurônios podem maximizar o uso do tempo. Contudo, esperamos que o tempo resolva nossos problemas e esquecemos de agir.

O mercado ainda, comercializa o tempo, não as idéias. As empresas nos contratam pela nossa capacidade, entretanto, administram nosso tempo. Querem saber a que horas chegamos, quando saímos. Chegam a pagar por horas extras que possamos lhes oferecer. Mensuram nosso tempo, mas não nossas idéias. Preocupam-se se você chegar meia hora mais tarde, mas não dão-se de conta que economizam a abundância das nossas idéias.

Não temos tanto tempo para vender. E sabemos que não usamos mais de 10% da nossa capacidade mental, inclusive estamos cientes que não utilizamos 100% do expediente para produzir.

Todas organizações sabem que lhes interessa mais os neurônios do que o tempo dos seus colaboradores. O que provoca resultados é o bom aproveitamento das idéias, da criatividade, em curto lapso temporal.

Empresas quebram por falta de idéias, mas continuam a gastar milhões na compra do tempo dos seus funcionários. São poucas as que valorizam, com horários flexíveis, equipes virtuais, trabalho em casa, conferências on-line, etc. É a nova realidade que vai permitir reformular a estrutura organizacional.

E como o tempo está cada vez mais escasso, a agilidade é o lema que vai imperar na nova administração. Portanto, as idéias são o diferencial que vai conservar a posição da empresa frente à competitividade.

Quem contrata tempo tem pessoas à disposição; quem contrata neurônios tem a superação das metas.


Texto adaptado e fragmentado

Edição 089 - Setembro de 2000.

Nenhum comentário: