Os domínios da contabilidade privada, cada dia mais, vêm sofrendo positivas influências do expressivo progresso da informática globalizada.
A forma tradicional de processar as tarefas contábeis tem sido alvo de profundas mudanças, ao ponto de ser repensado seriamente sobre os destinos da profissão e seus ramos.
É tolice, no âmbito da profissão, querer negar os benefícios dispostos por sistemas de informação, principalmente em forma de redes, cuja tendência se direciona, inquestionavelmente, cada vez mais para a redução da participação direta do contador.
A máquina, com a finalidade de agilizar estes ofícios, além de ser o "braço direito" do profissional, faz com que ele dê maior prioridade para as atividades de consultoria na tomada de decisões de seus clientes.
Ninguém nega que a contabilidade coleta, disciplina e apresenta dados, mas esta é apenas uma função específica no campo tecnológico, para permitir a realização de tarefas de maior utilidade.
Dessa maneira, passa-se a refletir, ao invés de só se registrar e relatar. Essa atitude é que caracteriza a elevação do conhecimento humano. Não existe conflito entre o uso da informação e a ciência contábil, muito pelo contrário, a informática é uma das maiores conquistas da contabilidade, tanto no processamento de dados, quanto no estudo dos eventos que geram as informações. No entanto, no campo de apoio à reflexão, o uso do computador é de rara utilidade.
Entretanto, a quantidade de dados, simulações, estatísticas e cálculos instantâneos e simultâneos que a informática permite é que faz hoje da doutrina contábil um trabalho facilitado e nos possibilita incursões no campo do conhecimento.
A informática trouxe-nos a evolução, como instrumento, mas pouco se realizará se as percepções humanas se limitarem apenas à informação e desejarem entender contabilidade tão somente como uma disciplina de dados e informes. Portanto, desejar limitar o Contador a um informante é renunciar a grandeza da profissão.
São Paulo, 04 de fevereiro de 2002.
* Pós-Graduando em Controladoria e Finanças - Mackenzie
Edição 121 - Fevereiro de 2002.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2002
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário